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Cachorro do tráfico é o novo agente da PM

Ele veio do crime. É filho do tráfico. Mas, segundo os policiais, hoje é um grande exemplo de transformação dentro da favela de Antares, na Zona Oeste. Ele era o cachorro do chefe do tráfico de drogas da favela do Rola, Jaime de Souza Pires, o Thyrso. Hoje ele é o Thyrso, cão de guarda e companheiro dos agentes do Posto de Policiamento Comunitário (PPC) de Antares.

O animal, que já viveu no submundo do crime, está acostumado com a guerra. Segundo os agentes do DPO, basta ouvir tiros que Thyrso já corre para a rua. Ainda não é o K-9, estrela de Hollywood, mas tornou-se o grande X-9 da comunidade. Durante as operações fareja casas, matas e becos em busca de drogas e traficantes — grupo que ele conhece bem.

— Ele passou quatro anos vivendo com o Thyrso, sabe farejar a droga, encontra os rastros dos traficantes — conta o major Braga Alves, chefe de operações do 27º BPM (Santa Cruz).

No dia a dia, o cachorro faz a segurança da porta da unidade como um verdadeiro cão de guarda. Em dias especiais, basta a tropa se preparar para uma incursão que ele também se põe a postos.

— Ele já sabe quando vamos sair. Vê o grupo armado e se prepara para o trabalho. Quando entramos na viatura ele já corre atrás.

Na última operação em Antares, na terça-feira, Thyrso ajudou a encontrar Wanderlei Barbosa da Silva, traficante internacional de armas. Há cerca de um ano, após um confronto na Avenida Antares, Thyrso saiu sozinho para o meio da mata. Confiantes no trabalho do cão, os PMs foram atrás e conseguiram prender um traficante baleado.

— Ele já tem a credibilidade da tropa. Entramos na favela e ele vai na frente, quando vemos está dentro das casas farejando tudo.

Na madrugada de ontem, enquanto guardava a porta do PPC, Thyrso se envolveu em uma briga com outro cachorro da região e está com a pata machucada. Aos 8 anos, mesmo abatido, ele continua alerta.

— Qualquer carro que pare aqui ele já começa a latir. De loge sabemos que algo atípico acontece.

Extraonline

 

 

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