Nesta terça-feira (16), no Fórum Criminal de João Pessoa, está em andamento o júri popular de Selena Samara Gomes da Silva, acusada de envolvimento na morte do estudante Clayton Thomaz de Souza, conhecido como Alph. O caso, que chocou a cidade, teve início em 8 de fevereiro de 2020, quando o corpo de Clayton foi encontrado com marcas de tiros em uma mata às margens de uma estrada em Gramame, João Pessoa.
Selena Samara Gomes da Silva, que estava foragida desde o ocorrido, compareceu ao júri e está sendo julgada, enquanto o segundo acusado, Abraão Avelino da Fonseca, terá seu julgamento realizado separadamente devido ao desmembramento do processo. Abraão ainda encontra-se foragido.
A denúncia do Ministério Público aponta que o crime teria sido motivado por um desentendimento em um triângulo amoroso, já que Selena mantinha um relacionamento com Abraão e também com Clayton. Testemunhas relataram ter visto os acusados com a vítima no dia do desaparecimento, e dados de localização dos celulares corroboraram a presença de todos no mesmo local na data do crime.
Durante a investigação, vestígios de sangue humano foram encontrados no porta-malas do carro de Selena, o que foi posteriormente confirmado por exames. Além disso, depoimentos e quebras de sigilo telefônico e bancário contribuíram para a construção do caso. Clayton, ativo no movimento estudantil da UFPB, relatou desentendimentos com seguranças da universidade, levando a investigação a explorar possíveis conexões.
A mãe de Clayton já prestou depoimento, porém, detalhes não foram divulgados até o momento. O desfecho do júri de Selena Samara Gomes da Silva trará mais clareza sobre os eventos que culminaram na trágica morte de Alph e as consequências para os envolvidos.