Exumação: peritos não encontram vestígios de substância dopante no corpo de Aryane
O resultado da exumação feita no corpo de Aryane Thaís Carneiro de Azevedo não identificou a presença de qualquer fármaco que pudesse ter sido utilizado para dopar a estudante no momento da morte dela.
A informação é da delegada Iumara Gomes, responsável pelo caso. Ela recebeu as conclusões do exame toxicológico no final da tarde desta sexta-feira (18) e atentou que as informações não devem alterar o rumo do processo.
Contudo, de acordo com a delegada, a confirmação da presença de três fios de cabelo de Aryane, ainda com bulbo, no carro do estudante de Direito, Luís Paes de Araújo Neto, reforça as suspeitas dele ter cometido o crime. “Agora estou ainda mais convicta de que foi ele”, assegurou.
O corpo de Aryane – encontrada morta na manhã do último dia 15 de abril – foi exumado em 1º de junho, após solicitação do promotor de Justiça, Alexandre Varandas, com objetivo de constatar se a estudante havia sido dopada pouco antes de ser assassinada.
“Os peritos atentaram que o formol utilizado nos procedimentos cadavéricos e o processo de decomposição do corpo podem ter prejudicado no reconhecimento de um possível fármaco utilizado para dopar a vítima. Sendo assim, a conclusão pode ter sofrido interferências”, destacou a delegada.
Segundo a delegada, apenas na próxima segunda-feira o resultado da exumação será encaminhado à 1ª Vara do Tribunal do Júri. “Mas como a conclusão foi prejudicada, ela não deve interferir no desdobramento do processo”, acrescentou.
Jornal Correio