O caso da morte da estudante Rebeca Cristina Alves Simões, de 15 anos, completa um ano e o autor do crime ainda não foi descoberto. Hoje, o Instituto de Polícia Científica (IPC) divulgará o resultado do exame de DNA do policial militar apontado por um denunciante como assassino da adolescente. Mas, o titular da Delegacia de Homicídios, Marcos Paulo Vilela, não acredita que o novo exame indicará o assassino da estudante. Doze pessoas já realizaram o procedimento, que é crucial para a polícia conseguir identificar o autor. Para o delegado, a maior dificuldade para a solução do crime é a falta de testemunhas.
O suposto envolvimento do policial e a possível ligação dele com a adolescente foram denunciados por um homem cuja identidade também não foi revelada. “Uma pessoa apareceu do nada apontando esse cabo. Nós chamamos o policial até aqui, fizemos a oitiva e foi colhido material genético. É preciso ter o mínimo de respeito por quem é apontado no inquérito. Tem pessoas que querem aparecer. Já ouvimos 50 pessoas e o inquérito tem 450 páginas. Estamos analisando informações e cruzando dados que levam a outros dados, mas não temos testemunhas que nos remetam às provas técnicas”, disse o delegado.
Para o comandante do 5º Batalhão de Polícia Militar, coronel Lívio Delgado, trata-se de um fato novo que está sendo acompanhado de perto. “O suspeito é um policial militar que pode ter namorado Rebecca. Ele teria comentado com alguém que teve um relacionamento com a garota”, declarou. A PM, segundo ele, está cautelosa, porque existe muito sensacionalismo e especulação. Como há uma suspeita contra um policial, o serviço de Inteligência da PM está trabalhando.
Dois ex-namorados de Rebecca, o padrasto da garota, o ex-presidiário Radi Patrick e até o estuprador Abner Machado foram ouvidos. Eles forneceram amostras de material genético.
Família mantém esperança
A notícia de que havia um novo suspeito no caso de Rebecca reforçou as esperanças da família na elucidação do crime. Porém, para Tereza Cristina Gomes Alves, mãe da garota, pode ser que nada aconteça mais uma vez. “É muita conversa para pouca certeza”, resumiu. A dona de casa afirmou não saber de qualquer ligação da filha com policiais, mas como ela estudava no Colégio da Polícia Militar é possível que conhecesse.
“De qualquer forma, nem imagino quem seja esse suspeito. Aliás, quem é mãe não sabe das amizades dos filhos fora de casa. Os que eu conhecia eram os colegas da escola e os da igreja”, acrescentou.
Apesar da demora para encontrar o culpado pelo homicídio, Tereza garantiu que não perde as esperanças de que o culpado seja encontrado e devidamente punido. “Quando surge um novo suspeito prefiro me manter com o pé no chão”, enfatizou. Agora, segundo ela, é só esperar o resultado do exame de DNA.
JORNAL CORREIO
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