O grau de periculosidade do traficante Eduardo Ferreira dos Santos, conhecido como “Dudu da Morte”, morto em confronto com a Polícia Civil da Paraíba nessa segunda-feira, 20 de março, já havia sido detectado pela justiça e pelas forças de segurança do estado há mais de 10 anos. Ele estava entre os alvos da Operação Perseu III, em 2012, que transferiu vários detentos da Paraíba para o presídio federal de Mossoró (RN).
A justiça determinou a transferência desses apenados por causa da participação deles em motins, rebeliões, escavação de túneis e assassinatos dentro dos presídios. ‘Dudu da Morte’, por exemplo, foi apontado como um dos envolvidos no esquartejamento de um preso, no presídio do Roger.
À época, a Secretaria da Administração Penitenciária da Paraíba classificou o criminoso como “preso por homicídio e porte de arma que liderou as últimas rebeliões e escavações de túnel no presídio do Roger; há indícios de sua participação também nas mortes de apenados dentro do presídio do Roger, atuava como traficante com pontos de vendas de drogas nos bairros do Valentina e loteamento Parque do Sol (zona sul da cidade), é temido pelos presos por ser agressivo, cruel e frio nas suas ações”.
Força-Tarefa
A Operação Perseu III foi deflagrada pelas polícias Civil, Militar, Penal e Rodoviária Federal. A transferência dos detentos foi determinada pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte, a pedido da Vara de Execuções Penais de João Pessoa.
Fuzil e pistola
Condenado a uma pena de mais de 18 anos de prisão, “Dudu da Morte” estava foragido e atirou contra os policiais civis que tentavam capturá-lo. Ele foi ferido no confronto e não resistiu. Com o traficante, os policiais apreenderam um fuzil calibre 762 e uma pistola calibre 9mm.