Violência descontrolável. Mulheres mortas por marido, namorado, ex-marido e ex-namorado. Números que assustam e deixam a população estarrecida. Pelo menos cinco mulheres já foram vítimas de feminicídios em 2024.
Os crimes aconteceram em João Pessoa, Itapororoca, Paulista e Marizópolis e Bonito de Santa Fé. A última vítima de feminicídio foi a frentista Raissa Raiara Batista Pereira que foi morta com um tiro na cabeça enquanto trabalhava num posto de combustíveis em Bonito de Santa Fé.
O ex-namorado é suspeito do crime. Imagens de câmeras de segurança instaladas no posto de combustíveis mostram que ela estava próxima a uma bomba de combustíveis, quando o suspeito chega em uma motocicleta, desce do veículo e caminha em direção a vítima.
O principal suspeito do crime foi identificado pela Polícia Militar pelo nome de Francisco Dunga Sousa. Na noite do sábado (2), agentes da polícia iniciaram as buscas por ele na região da cidade de Conceição, para onde ele teria fugido.
Ainda de acordo com a PM, testemunhas relataram que Francisco Dunga foi namorado de Raissa há cerca de três meses, e não aceitava o fim do relacionamento. O caso segue em investigação e o suspeito segue foragido.
As estatísticas são parecidas com os dados dos primeiros meses de 2023. Naquele ano, 6 mulheres foram assassinadas na Paraíba somente no mês de abril de 2023, cerca de 31,5% do total de mulheres mortas no estado nos quatro primeiros meses do ano.
No total, mais de 40 mulheres foram assassinadas no Estado em 2023. A Lei nº 13.104/2015 torna o feminicídio um homicídio qualificado e o coloca na lista de crimes hediondos, com penas mais altas. Conforme a lei, considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve violência doméstica e familiar e/ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
Como denunciar
Denúncias de estupros, tentativas de feminicídios, feminicídios e outros tipos de violência contra a mulher podem ser feitas por meio de três telefones:197 (Disque Denúncia da Polícia Civil), 180 (Central de Atendimento à Mulher) e 190 (Disque Denúncia da Polícia Militar – em casos de emergência)
Além disso, na Paraíba o aplicativo SOS Mulher PB está disponível para celulares com sistemas operacionais Android e IOS e tem diversos recursos, como a denúncia via telefone pelo 180, por formulário e e-mail.
As informações são enviadas diretamente para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, que fica encarregado de providenciar as investigações.
SL
PB Agora