O comandante do 2º Batalhão de Policia Militar, sediado em Campina Grande, major Gilberto Felipe, lamentou em entrevista a Rádio Clube, a onda de violência praticada contra policiais. Somente este ano, agentes de segurança foram mortos na Paraíba. O comandante não acredita que as perdas estejam ligadas ao trabalho dos policiais.
O major Gilberto observou que vários casos de morte de policias, ocorreram quando estes estavam descaracterizados da função e o que ocorre aqui não é o mesmo que acontece em São Paulo e Rio de Janeiro onde há uma forte investida contra os policiais.
– Há um aumento de PMs vítimas de homicídios mas, analisando de forma particular cada caso, as vítimas pouca relação tem com o fato de serem policiais, eu diria que são circunstâncias que, naquele momento levaram o policial à morte mais por serem cidadãos do que por serem agentes da polícia – afirmou o Major .
O comandante afirmou, também, que um dos fatores para esse aumento de vítimas tem sido o aumento dos crimes contra o patrimônio (CVP) e no instante que aumenta o número de agressores da lei e assaltantes, aumenta também o número das vítimas.
– As polícias tem trabalhado bastante e o número de apreensões não mentem. De janeiro para cá já foram 125 armas apreendidas e 525 agressores presos, entre adultos e adolescentes, mas o que lamento é o círculo vicioso da impunidade, que desse número de prisões e apreensões, uma minoria continua presa e basta ser réu primário para voltar as ruas com pagamento da fiança e volta no intento de se apossar de novas armas e agredir a sociedade – disse o comandante.
Segundo o major Gilberto, essa sensação de impunidade é o que tem causado o aumento do número de delinquentes.
– Se eles permanecessem presos, a comunidade teria um criminoso a menos nas ruas. As armas foram apreendidas, mas eles foram soltos e é por isso que muitos meios da sociedade sofrem com essa sobrecarga de agressores e é por isso que, em vários meios sociais, aumenta o número de vítimas- concluiu.
Somente este ano, sete agentes de segurança foram assassinados na Paraíba. Entre as vítimas estão policiais militares, agentes penitenciários e bombeiros.
De acordo com dados repassados pela Secretaria de Segurança e Defesa Social (Seds), foram mortos o sargento Pedro Marques da Silva, de 52 anos, no dia 17 de fevereiro na zona rural do município de Ibiara, no Sertão; João Francisco da Silva, agente aposentado da Polícia Rodoviária Federal (PRF), de 61 anos, assassinado na porta de casa no Bairro Jardim Veneza, em João Pessoa, no dia 4 de maio; o policial militar Ubirajara Moreira Dias (Bira) morto com um tiro de espingarda 12 em assalto ocorrido em Patos, no Sertão, no dia 6 de junho; e o também policial militar Josemberg da Silva, morto em uma emboscada no dia 9 de junho em Tibiri II, em Santa Rita, na Região Metropolitana de João Pessoa.
Ainda compõem a lista, o sargento do Corpo de Bombeiros Antônio da Silva, de 48 anos, que foi assassinado no dia 20 de fevereiro no Bairro do Centenário, em Campina Grande; o agente penitenciário Ivonilton Wanderley Coriolano Júnior, de 38 anos, encontrado morto com pés e mãos amarrados dentro do Rio Jaguaribe, em João Pessoa, no dia 22 de março; e o agente penitenciário aposentado, José Marcelino Mota do Nascimento, que foi morto a tiros em casa, no Bairro 13 de Maio, também em João Pessoa.
Redação
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