O prefeito de Tavares, Aílton Suassuna (MDB), foi preso e afastado do cargo, na última sexta-feira (30), acusado de receber propina na aquisição de veículos para a Prefeitura. Com esta ocorrência subiu para oito o número de gestores paraibanos afastados do cargo por decisão judicial por envolvimento em atos de corrupção, do ano passado para cá.
A decisão de Tavares foi comunicada à Câmara Municipal da cidade, que tomou as providências cabíveis para a posse do vice-prefeito, Luiz Poeta (MDB), que assumiu o comando da Prefeitura na mesma tarde de sexta-feira. Além do prefeito de Tavares, outros casos foram registrados este ano na Paraíba, a exemplo do que ocorreu com Dinaldo Wanderley (PSDB), que foi afastado da Prefeitura de Patos, em 14 de agosto, acusado de envolvimento em uma organização criminosa especializada na fraude de licitações e desvio de dinheiro público na operação “Cidade Luz”.
Na semana passada, também houve o afastamento cautelar da prefeita de Diamante, Carmelita de Lucena Mangueira (PSDB), por crime de responsabilidade, por irregularidade em processo de licitação. A vice-prefeita, Clarice Pereira Aguiar (PTB), assumiu a titularidade do cargo na última segunda-feira, em sessão extraordinária da Câmara Municipal de Diamante. Os casos mais emblemáticos aconteceram na região metropolitana de João Pessoa.
O prefeito eleito de Bayeux, Berg Lima , foi preso em flagrante em maio do ano passado por suposta tentativa de extorquir um fornecedor da prefeitura e permanece afastado no cargo até hoje. O gestor foi substituído no cargo pelo vice, Luiz Antônio (PSDB), que teve o mandato cassado pela Câmara Municipal, e agora pelo vereador Mauri Batista, Nôquinha (PSL), que encontra-se com prefeito interino.
Outro caso polêmico ocorreu em Cabedelo, que resultou na renúncia de Leto Viana (PRP) do cargo de prefeito, depois de ter sido preso e afastado do cargo, em abril, pela operação Xeque-mate acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e de ter comandado um esquema de fraudes ao erário público na cidade.
Outros três prefeitos, eleitos em 2016, também foram afastados do cargo por decisão judicial por improbidade administrativa, Dr. Verissinho (MDB), de Pombal; Renato Mendes (DEM), de Alhandra, e Beviláqua Matias (PTdoB), de Juazeirinho, mas voltaram ao poder depois de conseguir liminar em instâncias superiores, revogando as decisões.
Redação
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