Segundo o boletim médico do hospital do Valentina, a criança de 2 anos que supostamente foi vítima de estupro, teve uma significativa melhora. De acordo com a a unidade, além da suspeita de violência sexual, a criança teria ingerido medicamentos e estava intoxicada, mas a polícia ainda aguarda um laudo para saber se houve de fato sedação e também o abuso. Os exames já foram solicitados pela delegada.
Ontem (26), segundo um dos médicos, a menina apresentou pequena melhora no estado de consciência, mas permanece com quadro de saúde regular. “Ela está bem melhor, mais acordadinha. Ontem ela estava bem mais sonolenta. Ainda está um pouco irritada, apreensiva, em estado de choque”, disse o profissional de saúde.
“A gente faz o exame clínico e o exame físico e quando a gente junta todos os dados e as informações que são pertinentes a gente abre algumas possibilidades diagnósticas. Para ela, inicialmente, a gente contou com a possibilidade de uma intoxicação exógena. Muitas vezes as crianças têm acesso a algum tipo de medicamento que alguma pessoa adulta pode deixar em algum ambiente e a criança colocar na boca e engole”, completou.
O Conselho Tutelar encaminhou as outras três crianças e a mãe para um local de acolhimento institucional. “Como a criança, suposta vítima, já estava hospitalizada, os procedimentos foram com as outras crianças que estavam com a mãe. Foram para o acolhimento a mãe junto com as outras crianças e até que o caso seja apurado a gente trata como suposição. Só através de exames, com peritos, é que realmente a gente vai ter um resultado desse caso, mas o Conselho vai estar acompanhando o tempo todo essa família, as outras crianças e principalmente essa criança que tá sendo vítima dessa suspeita de violência sexual.
A polícia espera o resultado desse exame para dar continuidade às investigações.
O caso
Uma criança de dois anos foi levada para o Hospital Municipal Valentina, em João Pessoa, na tarde desta segunda-feira (25), após passar mal em casa. Segundo a mãe, a menina teria começado a convulsionar após o almoço. A família pediu ajuda a uma equipe da Polícia Militar e, ao chegar à unidade de saúde, o médico teria observado sinais de possível abuso sexual. Segundo os profissionais, ela já teria dado entrada outras vezes no mesmo hospital com os sintomas semelhantes.
Membros da família da criança foram levados até a Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Infância e Juventude prestar depoimento. Foram ouvidos a mãe, o avô, a avó, e o ex-marido da avó da criança, todos os moradores da comunidade Vista Alegre, que fica no Colinas do Sul, bairro Gramame, em João Pessoa.
De acordo com os policiais, os profissionais de saúde chegaram a suspeitar que a criança estaria sendo dopada com medicação de uso controlado. Porém, segundo a delegacia, tanto o abuso sexual quando a sedação só vão poder ser comprovados mediante laudo após a criança ser submetida a exames.
A mãe da criança tem 18 anos de idade e quatro filhos, duas meninas gêmeas, de dois anos (uma delas é a que está internada), e dois meninos gêmeos, de dez meses. Ela falou sobre as acusações.
“Quando chegou no hospital disseram que ela tava sofrendo da abuso sexual. Não fizeram exame nem nada todo. Eu quero um exame para eu ter certeza se a minha filha tá sendo abusada mesmo. Minha filha é o tempo todo comigo, eu dou o comer dela, ela dorme comigo. Moram eu, meu pai, o marido da minha mãe, meu irmão de 14 anos e meus quatro filhos, incluindo ela. Esse negócio aí que tão dizendo que ela foi dopada isso aí é mentira também”, alegou.
Da Redação