CRM ainda investiga morte de criança de três anos em Hospital Infantil da Paraíba

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O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), em João Pessoa está apurando uma denúncia de negligência médica referente à morte de Pyetro Feitosa, 3 anos, no Hospital Infantil do Valentina no último dia 14 de dezembro após dar entrada no hospital e dez horas depois de receber alta da unidade.

Uma sindicância para averiguar o atendimento ao paciente está sendo instalada. “Nessa fase de sindicância, são ouvidos os denunciantes e o denunciado. Após a apuração da denúncia, se houver indicativo de infração ética, é aberto o processo ético-profissional, caso não haja a infração, a denúncia é arquivada”, disse Bruno Leandro.

A família da criança ainda registrou boletim de ocorrência na Central de Polícia alegando negligência médica.

Uma das causas que levou a família a desconfiar de uma suposta negligência médica é que o corpo da criança não teria passado pelo Serviço de Verificação de Óbitos (SVO).

Pietro foi atendido duas vezes na unidade hospitalar. A primeira entrada foi na última terça-feira (13) pela manhã. Segundo a equipe médica, a criança apresentava um quadro de diarreia, febre e vômito. Ela foi atendida, clinicamente medicada, e liberada logo em seguida.

Já a segunda entrada foi nesta quarta-feira (14), cerca de dez horas após o primeiro atendimento. Segundo a equipe médica, a criança apresentava um quadro de desidratação e hipoglicemia. Ela foi atendida pela equipe de emergência, mas sem melhora no quadro clínico. Acabou sendo encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde ficou internada. Horas depois a criança sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de João Pessoa afirmou, em nota, que a causa da morte foi por choque séptico refratário. Disse que se solidariza com a família nesse momento de dor e que todos foram acolhidos pela equipe multiprofissional, que segue prestando assistência necessária.

A família mora no bairro da Penha, em João Pessoa. Bruna Vitória, que é tia da criança deu detalhes sobre a peregrinação do pequeno Pietro nesses dois últimos dias de vida.

“Na segunda-feira ele teve uma febre demos remédio, a febre passou. Na terça-feira pela manhã ele apresentou febre novamente e já não estava bem. Levamos para o hospital do Valentina. Ele deu entrada às 11h da manhã, onde foram feitos exames de sangue e urina. Segundo o médico que o atendeu deu tudo certo. Deram uma medicação para o estômago porque, até então, o diagnóstico dado pelo médico era de infecção intestinal. Ele teve alta as duas da tarde com a indicação de dois medicamentos, um deles um antibiótico”, contou.

Bruno continuou: “Voltamos para casa com ele e quando foi sete horas depois ele começou a inchar, teve uma piora significativa e estava sem urinar. Duas horas da manhã a febre aumentou, levamos ele para o hospital. Chegando no hospital internaram ele. Houve a troca de plantão, pela manhã, às 6 horas, quando decidiram levá-lo para o centro de terapia intensiva e o caso dele já estava muito grave. A informação que nos deram é que o fígado dele tinha paralisado e também os rins. Quando foi umas 10h da manhã ele veio a óbito”.

A parente acredita que se o menino fosse internado na primeira vez que procurou o hospital a morte poderia ter sido evitada. “Eu acredito que quando ele deu a primeira entrada, na terça-feira, já era pra ter internado, mas o médico disse que estava tudo OK. Sete horas depois ele teve uma piora considerável, já não estava fazendo xixi, já estava inchado. Ele não estava em condições de ter retornado para casa. No mínimo era para ter tratado a infecção e ter procurado saber o que realmente tinha acontecido”, finalizou.

Uma irmã de Pietro disse que a gora a família quer justiça. Querem saber se o fato do menino não ter sido internado no dia em que a família procurou o hospital foi determinante para a piora de seu quadr de saúde e, consequentemente, sua morte.

“A família pede justiça, até porque foi inesperado, foi do nada, foi muito rápido. O médico não deu a assistência que ele deveria. Liberou ele muito rápido, não souberam nem explicar para nós o que aconteceu. A gente quer justiça, porque ele deveria ter ficado internado e ter sido medicado. Era para ter ido para a UTI ontem, mas liberaram ele. Não fizeram uma investigação que deveriam ter feito para descobrir o que é que ele tinha”, desabafou.

Após a confirmação da morte da criança, uma porta da unidade de saúde foi quebrada.

A SMS ainda afirmou que “a família foi acolhida pela equipe multiprofissional, que segue prestando a assistência necessária e se solidariza com a família neste momento delicado e de tamanha dor”. As informações são do portal T5.

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