A defesa do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) entrou com pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para ter liberado R$ 6,5 milhões. O dinheiro foi bloqueado por determinação do desembargador Ricardo Vital de Almeida, do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB). A medida atingiu o ex-gestor e outras 34 pessoas acusadas do suposto desvio de R$ 134,2 milhões em casos investigados pela operação Calvário, do Ministério Público da Paraíba (MPPB). O pedido será analisado pelo ministro Gilmar Mendes, revela matéria do portal O Antagonista.
A decisão do desembargador determinou o bloqueio dos bens dos suspeitos até o limite dos valores supostamente desviados. O esquema de corrupção denunciado pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba, teria ocorrido entre 2011 e 2018, período em que Coutinho comandou o Estado. O processo é resultado da Operação Calvário, que investigou a contratação, mediante suposto pagamento de propina, da organização social Cruz Vermelha do Brasil, filial Rio Grande do Sul, para gerir hospitais públicos na Paraíba.
A defesa de Coutinho quer que o caso tramite na Justiça Eleitoral, por envolver, segundo os advogados, pagamento de R$ 200 mil em espécie na campanha de 2010. O Ministério Público diz que era um pagamento antecipado de propina por parte de Daniel Gomes, executivo da Cruz Vermelha, para ganhar os contratos. A defesa, no entanto, alega caixa 2 e quer que todo o processo vá para a Justiça Eleitoral do estado. Como o bloqueio também foi determinado na Justiça comum, os advogados pediram a suspensão da medida. O ex-governador nega todas as acusações.
Redação com Blog de Suetoni Souto