Em sua delação, o ex-secretário de Saúde da Paraíba, na gestão Ricardo, Waldson Souza, relatou que o ex-presidente do PSB da Paraíba, Edvaldo Rosas foi receptor de propina no esquema que ficou conhecido como Calvário.
Edvaldo teria recebido R$ 150 mil de Pietro, sendo R$ 50 mil direcionados a Waldson Souza. A propina seria em relação à compra de livros sobre a dengue pela Secretaria de Saúde, comandada por Waldson.
De acordo com o Ministério Público da Paraíba, MPPB, foram utilizados métodos fraudulentos de contratação de fornecedores, seja por inexigibilidade de licitação, processos licitatórios viciados, aquisições com sobrepreço, excedentes contratuais e posterior lavagem de dinheiro para execução do esquema.
As propinas eram captadas após a realização de pagamentos pelo Estado, cujos montantes percentuais poderia variar de 5% a 30%, e chegaram a até 45%, diz a denúncia.
“Geralmente a aquisição de livros rendia propina que poderia atingir 30% e os demais materiais (laboratórios, kits escolares etc.) poderiam atingir 20%”, diz.
Os investigadores citam que a grande parte das operações ocorreram através da empresa Grafset, de Vladimir Neiva.
Segundo a denúncia do Ministério Público, Pietro Harley, preso hoje, começou a operar na área como braço operacional de Coriolano Coutinho
“Dentro desta relação paternalista, foi urdido o referido contrato administrativo nº 241/2014 (processo de inexigibilidade de licitação nº 031/2014), que trouxe ao centro das operações estruturadas da educação, Coriolano Coutinho, que operava neste ambiente por intermédio de seu braço operacional, Pietro Harley Dantas Félix”, continua.
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Redação