Delegado fala sobre a prisão do foragido de São Paulo que estava escondido em Campina numa mansão

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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Geaco) denuncia e investiga uma organização que explora jogos de azar formada por diferentes gerações da mesma família em Guarujá, no litoral de São Paulo. De acordo com os promotores, o grupo age como uma máfia e movimenta milhões de reais. Sobre a prisão de um dos acusados desse grupo, o Delegado Diego Beltrão fala sobre a prisão do foragido de São Paulo que estava escondido em Campina Grande numa mansão.

Veja o depoimento do delegado:

Entenda o caso – O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Geaco) denuncia e investiga uma organização que explora jogos de azar formada por diferentes gerações da mesma família em Guarujá, no litoral de São Paulo. De acordo com os promotores, o grupo age como uma máfia e movimenta milhões de reais.

De acordo com a denúncia, os investigados investem em imóveis que já foram fechados pela polícia para a exploração dos jogos e expansão dos negócios ilícitos. Dessa forma, eles também mantém os clientes que tinham o costume de frequentar aqueles pontos. Além disso, a organização é suspeita também de corromper autoridades para continuar lucrando com atividades ilegais.

A organização é formada por diversos membros e gerações da família Verdério, de Guarujá. A família têm empresas que alugam mesas de bilhar e jogos eletrônicos e são responsáveis também por administrar centenas de máquinas caça-níqueis e casas de jogos de azar, que não são permitidas por lei.

Investigação
Segundo o Ministério Público, em 2013 um dos membros da família pediu para sair do negócio e alegou que queria sua parte, que correspondia a R$ 10 milhões em dinheiro e outros R$ 40 milhões em terras. O órgão teve acesso a uma conversa em que esse membro revela que a organização era composta por quatro sócios.

Na mesma conversa, o homem também cita ter ido para Porto Alegre (RS) e instalado mil máquinas caça-níqueis no local. Ele também aponta que seu filho, que seria neto do patriarca da família, estaria ganhando um salário de R$ 15 mil, e que ele deveria passar a receber R$ 50 mil, como o filho de um dos funcionários apelidado de Chokito.

Promotores descobriram, nas investigações, que a organização criminosa atuava na sombra do Gaeco. As autoridades fechavam as casas de jogos e apreendiam máquinas caça-níqueis de outros grupos. Assim, a família de Guarujá assumia o ponto. Dessa forma, ainda garantiam a clientela que estava acostumada com o local.

Movimentação milionária
Segundo o promotor do Gaeco Renato dos Santos Gama, somente na Baixada Santista, quase 700 pontos de exploração da família foram constatados. Ele ainda pontua que a organização se dividia em cerca de 30 zonas financeiras, e que cada uma delas faturava em torno de R$ 210 mil a R$ 240 mil mensais.

Além disso, o promotor revela que a organização teria crescido por dois motivos: pela derrubada dos concorrentes e pela conivência do poder público. “Temos indícios veementes de que houve corrupção policial”, afirma. As autoridades receberiam propina para não proibirem a prática dos jogos de azar gerados pela família.

A Justiça determinou o bloqueio de mais de R$ 25 milhões em bens, referentes às movimentações financeiras da família entre os anos de 2014 e 2017. Além disso, nove pessoas acusadas de participar da organização criminosa receberam prisão preventiva.

Da Redação

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