O deputado estadual e pré-candidato a prefeito de Patos, Dinaldinho Wanderley (PSDB), denunciou, durante entrevista a um programa de rádio, um esquema de desvio de dinheiro do Instituto de Previdência do município (PatosPrev) por parte da Prefeitura. Segundo o parlamentar, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB) já alertou a administração municipal no sentido de corrigir o grave problema, alegando que mais de 3 mil funcionários e cerca de 840 aposentados podem ficar prejudicados.
Dinaldinho explicou que, de acordo com o Sistema Sagres, o PatosPrev arrecadou no primeiro trimestre deste ano o valor de R$ 4,2 milhões e saiu de lá, logo depois, R$ 3,5 milhões. “Deveria ter um dinheiro guardado em torno de R$ 731 mil, mas infelizmente a realidade é outra. Lá existe apenas R$ 154,4 mil. Esse dinheiro desapareceu da contabilidade e isso é um crime gravíssimo”, destacou.
Conforme o pré-candidato, para cobrir o rombo o ex-prefeito Nabor Wanderley editou uma Lei 3487/06 parcelando débitos e criando “empréstimos” com parcelamento em 420 meses, ou seja, 35 anos. Em 2013, a atual prefeita não aguentou a carga e a cobrança do Tribunal de Contas e editou uma nova Lei parcelando novamente o parcelamento que não foi honrado pelo gestor anterior, que era Nabor Wanderley. Na Lei atual, a prefeita Chica Motta parcela por mais 20 anos a parte de obrigação da Prefeitura e por mais 5 anos a parte que já foi descontada dos funcionários.
De acordo com Dinaldinho, a Prefeitura deveria descontar e repassar para o Instituto de Previdência um total de R$ 196,80, mas não está fazendo. Ele disse que os maiores prejudicados serão os servidores que estão próximos de se aposentar. “Eles terão muita dificuldade para se aposentar porque o PatosPrev está quebrado. O mais impressionante é que isso perdura até agora”, alertou.
O pré-candidato disse que três acórdãos do TCE-PB (834/14, 2379/15 e 3983/15) atestam o crime praticado pela Prefeitura de Patos. “Eu vou acompanhar de perto esse problema junto ao procurador Túlio César Fernandes e ao Tribunal de Contas. Não se pode utilizar de má fé contra a população de Patos”, afirmou.
Redação