O suicídio tem se tornado um importante problema para a saúde pública mundial, chama atenção em diversos estudos o crescimento de casos de cibersuicídio — suicídio que acontece através da influência da internet no ambiente virtual — executados principalmente entre jovens e adolescentes. Para tratar sobre tal temática, foram ouvidos o médico psiquiatra Elder Machado e a Advogada e doutoranda em Direito, Desirée Cavalcante, que analisam que o cibersuicídio pode ser considerado um ato de banalização e espetacularização da morte em que a vida e a morte do outro são tornadas sem valor.
De acordo com os especialistas, ao analisar casos de suicídios que aconteceram na internet e foram amplamente difundidos, verifica-se que o cibersuicídio ocorre com o incentivo de membros de comunidades virtuais que encorajam o indivíduo que o comete. No ato do cibersuicídio há uma certa banalização da morte, no sentindo de que muitas pessoas assistem e estimulam a morte do outro.
Para o psiquiatra Elder Machado, “o anonimato e a distância física facilitam a expressão da agressividade. O anonimato catalisa ou facilita minha expressão de afeto, negativo ou positivo. Nos elogios, observaremos as hipérboles, nas críticas, observaremos a dureza, eventualmente a crueldade”, disse.
“Ocorre que a banalização da violência, além de influenciar a forma de pensar e agir dos indivíduos, ao deslocar a fronteira entre o normal e atroz, gera uma mal-estar generalizado e uma sensação de que o terror está sempre ao alcance das mãos. A repulsa por esses comportamentos tem uma dimensão de ordem individual e outra social. Por que alguém imagina estar autorizado a enviar isso a quem não pediu? Como saberemos qual é a última porta da civilidade?”, diz a advogada Desirée Cavalcante.
Ainda segundo a advogada, o suicídio é um importante problema de saúde pública global que demanda uma atenção especial, no que se refere a sua prevenção. “Pesquisas recentes apontam que a prevenção do suicídio, quando possível, envolve várias ações que visam a identificação prematura de desordens mentais e seu efetivo tratamento, de forma a controlar os fatores de risco. Quantitativamente, estima-se que mais de 800 mil pessoas morrem ao ano por suicídio, apesar desse considerável número, apenas 28 países reportaram ter uma estratégia nacional para possibilitar a sua prevenção”, finalizou.
Da Redação
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