Na noite de ontem (20), Jannyne Dantas, ex-diretora do Hospital Padre Zé, deixou a Penitenciária Feminina Maria Júlia Maranhão, localizada no bairro de Mangabeira, na Zona Sul de João Pessoa. Jannyne estava presa desde novembro de 2023, quando foi deflagrada a Operação Indignus pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), que investiga desvios milionários de recursos do hospital e do Instituto Padre Zé.
Coube a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba, a decisão de soltar Jannyne, após decisão do desembargador Ricardo Vital de Almeida, relator do caso. A defesa da ex-diretora, representada pelo advogado Alberdan Coelho, havia impetrado um habeas corpus e, nesta terça-feira, conseguiu reverter a prisão preventiva com a imposição de medidas cautelares.
Também foram impostas como medidas cautelares a Jannyne utilizar uma tornozeleira eletrônica, cumprir recolhimento domiciliar noturno e comparecer mensalmente à Justiça para prestar contas ao juiz de primeiro grau. Além disso, a ex-diretora está proibida de frequentar festas, bares e casas de shows, assim como de manter contato com outros réus da operação, incluindo o ex-padre Egídio e Amanda Duarte.
O advogado de Jannyne afirmou que a defesa está focada em provar a inocência da sua cliente. Ele destacou que, apesar de estar em liberdade, Jannyne ainda enfrenta os impactos psicológicos da prisão, que, segundo ele, serão analisados por um psicólogo.
O caso ainda envolve outros réus, como o ex-padre Egídio, que foi preso em novembro de 2023, mas passou a cumprir prisão domiciliar em abril deste ano, e Amanda Duarte, que também segue em prisão domiciliar por estar amamentando na época da sua prisão.
Redação