A extradição de Antônio Inácio Silva Neto e Fabrícia Campos da Argentina para o Brasil está prevista para durar até três meses, conforme anunciado pelo delegado da Polícia Federal, Guilherme Torres, em uma entrevista coletiva realizada no final da manhã de hoje. O casal, proprietário da Braiscompany, empresa envolvida em um golpe milionário contra clientes em todo o país, foi detido ontem em um condomínio de luxo na cidade de Escobar, próximo a Buenos Aires. Antes de serem localizados nesse endereço, o casal já havia passado por outros três locais: Palermo, La Plata e Nordelta. Fugitivos do Brasil por um ano, eles estavam na lista de procurados pela Interpol, que finalmente os encontrou.
O delegado explicou que Antônio Inácio Silva Neto e Fabrícia Campos utilizaram documentos de parentes para fugir do país.
“Os documentos eram autênticos, mas pertenciam a outras pessoas. Tanto Antônio quanto Fabrícia utilizaram documentos de parentes para atravessar a fronteira do Brasil com a Argentina por via terrestre”, afirmou o delegado Guilherme Torres em entrevista realizada na manhã desta sexta-feira (1º), na sede da Polícia Federal em João Pessoa. Ele detalhou a investigação e a prisão do casal, ocorrida na noite anterior na Argentina.
O delegado também mencionou que, se for comprovado que os parentes consentiram com o uso dos documentos, o que parece ter ocorrido, eles também poderão ser responsabilizados.
De acordo com Guilherme Torres, Antônio Neto e Fabrícia passarão por uma audiência na Argentina ainda hoje para discutir os procedimentos relativos à extradição.
Quanto aos filhos do casal, que estavam com eles, o delegado informou que o destino das duas crianças e com quem elas ficarão será decidido nas audiências de hoje. “É possível que haja algum parente presente na audiência que possa ficar com as crianças”, acrescentou.
O delegado confirmou que Fabrícia tentou fugir para Dubai com os dois filhos em 2022, mas teve seu passaporte retido, o que impediu sua saída do país.
Redação