A família da adolescente Victória Aragão, de 14 anos, que desapareceu em Galante, distrito de Campina Grande, acredita que ela foi levada até o local onde foi morta por alguém conhecido. O corpo de Victória foi achado no dia 29 de agosto, três dias depois do desaparecimento, mas só foi oficialmente identificado na terça-feira (3), após perícias.
Victória desapareceu em um sábado, por volta das 19h, após sair de casa dizendo que iria encontrar as amigas na praça do distrito.
À época, a mãe dela, Vanessa Aragão, contou que a filha mandou uma mensagem para o avô, às 21h, dizendo que odiava Galante e todas as pessoas e que ia embora para Campina Grande. Ela sofria de depressão e ansiedade, mas segundo a mãe, fazia tratamento e tomava remédios regularmente.
Três dias depois, em uma região de mata no distrito, a polícia encontrou um corpo em estado de decomposição avançado, de forma que não foi possível determinar o sexo ou a idade da pessoa na perícia inicial. No corpo, os peritos encontraram apenas um anel preto em uma das mãos. Conforme a família, o local não tem residências e não era um lugar onde a adolescente transitava, e que algum conhecido deve ter levado a vítima para lá.
Segundo a avó de Victória, Sônia Dias, a adolescente tinha duas amigas próximas, que frequentavam a casa há muito tempo, mas que no último mês, pessoas desconhecidas passaram a se aproximar da neta, e que ela não gostava dessas novas amizades.
Para a mãe da adolescente, Vanessa Aragão, não foi a menina quem enviou o texto. Vanessa, que mora no Rio de Janeiro, contou à TV Paraíba que conversava todos os dias com a filha, e que desconfiou que ela estava desaparecida pois parou de receber mensagens. A mensagem enviada ao avô, segundo a mãe, era diferente de qualquer outro tipo de mensagem que a jovem já enviou para a família, uma vez que todos os textos eram carinhosos.
Até às 11h40 desta quarta-feira (6), a Polícia Civil não divulgou detalhes sobre o crime ou sobre possíveis responsáveis e motivação para a morte da adolescente. O corpo foi encontrado desfigurado e, no dia do encontro, o avô desconfiou que pudesse se tratar de Victória por causa das unhas, pintadas de azul, e de um anel que ela usava, mas a confirmação só foi possível após perícia.
O corpo da adolescente permanece no Núcleo de Medicina e Odontologia Legal de Campina Grande (Numol), e ainda não foi liberado, pois os peritos aguardam o resultado do DNA. A família ainda não tem informações sobre data do velório e do enterro, mas informou que ambos vão acontecer no distrito de Galante.
Redação com G1
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