“Com 25 anos, não queria trabalhar. Queria uma vida boa e não tinha condições para isso”. A descrição foi feita pelo delegado Wagner Dorta, ao se referir ao jovem de Erick Ramon Diniz filho, mentor do assalto que culminou na morte do próprio pai, um gerente de posto de combustível, na última semana.
O relato do delegado aconteceu depois do depoimento da esposa do gerente, ocorrido na manhã desta segunda-feira (04), na Central de Flagrantes, em João Pessoa.
A viúva, conforme o delegado, trouxe uma informação considerada relevante para o inquérito, que foi o fato do enteado ter mostrado um súbito interesse pelo celular do pai. Para o delegado, o filho quis apagar as provas do crime.
Apesar do ocorrido, a viúva relatou que a relação pai e filho era boa, todavia, nos últimos tempos o jovem começou a pedir dinheiro constantemente para pagar dívidas.
“Era um bom pai. Pagava pensão alimentícia. Nos últimos dias vinha se endividando, por que o Erick estava pedindo dinheiro. Com 25 anos, não queria trabalhar. Queria uma vida boa e não tinha condições para isso", ressaltou o delegado.
A investigação mostrou ainda que os executores mataram o gerente do posto sabendo que ele era o pai de Erick.
“Os dois executores, Erijhonson e o Anderson, mataram sabendo que era o pai de Erik. Foi tudo de caso pensado. Em tese, a intenção era o assalto. Erick disse na delegacia que o pai tinha o temperamento de reagir o assalto. Ele assumiu a responsabilidade pela morte e vai responder por latrocínio consumado”, arrematou Dorta.
PB Agora