Após declarar à imprensa que já solicitou estudo para modificar o sistema de funcionamento da Operação Manzuá, o secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Estado, Gustavo Gominho, afirmou que o tipo de barrira existente nas saídas de algumas cidades paraibanas está defasado. Ele declarou que até o momento o sistema não foi reformulado, pois os antigos secretários, desde a época de Geraldo Navarro, quando a operação foi montada para coibir assaltos a bancos na Paraíba, não tinham “coragem política” para fazer o que devia ser feito.
“Sou contra a permanência da Operação Manzuá em pontos fixos, pois os criminosos sabem onde estão às barreiras, desviam do caminho por estradas de terra e conseguem se livrar da Polícia”, disse o secretário.
“Sistemas de “barreiras” policiais só funcionam nos primeiros 30 minutos, até porque nós brasileiros temos o costume de quando somos abordados em uma blitz, assim que liberados saímos dando sinal de luz a outros motoristas informando sobre a presença da Polícia”, disse Gominho.
“Pois bem, se a barreira não funciona por mais de 30 minutos, quem dirá a Operação Manzuá que está no mesmo local há mais de 20 anos”, completou.
Gustavo Gominho lembrou que na época em que foi criada com o objetivo de coibir assaltos a banco na Paraíba a “Operação Manzuá” foi um sucesso e atingiu seu objetivo. De agora em diante, segundo Gominho, a “Operação Manzuá” terá seu nome mantido, mas funcionará de forma itinerante, mudando constantemente de local e horário, montando barreira inclusive em estradas de terra.
O secretário revelou que conversou com todos os secretários de Segurança desde a época de Geraldo Navarro, e disse que o problema é que ninguém tinha a coragem política de reformular o projeto, mas todos foram unânimes ao reconhecer que hoje o sistema é um “zero a esquerda”.
Thiago Moraes