Um grupo suspeito de espancar nordestinos, as vítimas feridas nessa agressão, e até uma cobra foram parar numa delegacia da Zona Leste de São Paulo na manhã deste sábado (18), como mostrou o SPTV.
Por volta das 7h, a Guarda Civil Ambiental levava uma jiboia ao Instituto Butantan quando flagrou cinco homens batendo em quatro trabalhadores na Rua do Oratório, na região de Sapopemba. Há indícios de que o grupo espancou as vítimas por motivos de intolerância. Segundo os guardas, os agressores seriam skinheads e quem apanhou, pedreiros nascidos no Piauí. Foram apreendidas facas e soco inglês com os suspeitos.
Mas ao levarem os agressores e as vítimas a uma delegacia, juntamente com a cobra, a namorada de um dos detidos afirmou à equipe de reportagem que os suspeitos são punks.
O caso foi registrado no 69º Distrito Policial, Teotônio Vilela. A Polícia Civil busca imagens de câmeras de segurança que possam ter gravado as agressões.
Como o caso pode envolver crimes relacionados a intolerância, investigadores da Delegacia de Crimes Raciais e delitos de Intolerância (Decradi) deverão pedir informações ao 69º DP. A delegacia especializada monitora esses grupos e pode ajudar na investigação. A Decradi possui banco de dados com fotos de skinheads e punks que já estiveram envolvidos em outros crimes.
Versões
Na delegacia, os três irmãos e um primo que vieram do Piauí confirmaram a agressão. “Estavam com faca, e acertaram um soco em mim. Por sorte a equipe da Guarda chegou”, afirmou o pedreiro Denilson Nascimento de Souza.
A namorada do grupo preso dá outra versão. Ela alega que quando chegou ao local das agressões, a briga já estava acontecendo. Afirmou ainda que foram os rapazes nordestinos que começaram a agressão. Na delegacia, alguns dos detidos riam da situação.
Segundo os guardas ambientais, a cobra que estava com eles foi levada em seguida ao Instituto Butantan.