Sete pessoas foram presas suspeitas de homicídios, assaltos e tráfico de drogas, durante uma operação da Polícia Civil, batizada de "Sócrates", realizada na manhã desta quinta-feira (23) na cidade de Mamanguape, no Litoral Norte da Paraíba. De acordo com a polícia, entre os crimes que seriam atribuídos ao grupo está o assassinato do vice-diretor de uma escola, em dezembro de 2014.
O vice-diretor da escola foi assassinado a tiros e facadas dentro da instituição de ensino, que fica no distrito de Pitanga da Estrada, na zona rural de Mamanguape. Segundo a polícia, o corpo da vítima foi encontrado com marcas de pelo menos dez tiros e uma facada, e na ocasião, a polícia acreditou tratar-se de uma execução, uma vez que nada foi levado da vítima.
Ainda segundo a polícia, um dos suspeitos de fazer parte do grupo continua foragido. Contudo, o delegado seccional de Mamanguape, Steferson Nogueira, acredita que essa prisão não vai demorar muito, já que ele avaliou que o suspeito está vulnerável com prisão do seu grupo criminoso.
Segundo o delegado Steferson, as investigações apontam que a motivação do assassinato do vice-diretor pode ter sido a divulgação de uma música de funk em uma rádio da cidade. A música, que faz apologia ao crime, faz parte da identidade da facção e circulava apenas entre os seus membros, que têm seus nomes são citados na letra.
"Eles achavam que o vice-diretor havia levado a música até a rádio para ser divulgada, pois há poucos dias tinha concedido uma entrevista", explicou o delegado.
Foram necessários 120 dias de investigação para executar a operação. Um total de 23 policiais forma envolvidos no cumprimento dos mandados de prisão e de busca e apreensão, de acordo com a polícia. "Após o homicídio do vice-diretor, descobrimos que havia um grupo criminoso agindo na localidade. Um dos homens desse grupo, que agora está preso, tem ligação direta com o assassinato em questão", disse o delegado. Além disto, ele contou que seis homicídios programados pelo grupo foram evitados.
Segundo a polícia, os integrantes do grupo não resistiram à prisão e, em seguida, foram encaminhados para a Central da Polícia Civil de João Pessoa, onde serão ouvidos.
G1PB