Investigados em operação abordavam famílias de presos para ‘receber’ fiança por crimes inafiançáveis

PUBLICIDADE

A Polícia Civil da Paraíba divulgou nesta sexta-feira (10) mais detalhes sobre a operação deflagrada para investigar um suposto esquema de corrupção passiva, peculato e extorsão por parte de servidores da instituição em Santa Rita, Região Metropolitana de João Pessoa. De acordo com a PC, o esquema envolvia venda de fianças, inclusive, para suspeitos de cometer crimes inafiançáveis. Os nomes dos investigados não foram divulgados.

Segundo a Polícia Civil, o esquema envolvia um delegado, uma advogada, um escrivão e policiais da 6ª Delegacia Seccional de Santa Rita. O ato que provocou a investigação foi uma conversão de uma prisão em flagrante para um Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO), que não caberia fiança.

Para não lavrar os autos de prisão em flagrante, os policiais recebiam propina de parentes dos presos, através de uma advogada. A Polícia Civil monitorou a unidade por 15 dias e constatou, inclusive, conversas entre os servidores sobre os valores recebidos.

“A abordagem à família dos presos era para pagamento de fiança, paga diretamente a advogada, que pode até usar o argumento de recebimento de honorários. Mas, não há nos autos nenhuma participação formal dela nos procedimentos”, explicou um dos delegados envolvidos na operação.

As propinas eram dirigidas aos agentes e coletadas pela advogada por uma máquina de cartão de crédito, permitindo o pagamento parcelado, com juros. O escrivão preso teria cometido crime de peculato, se apropriando de objeto do poder público.

Ainda de acordo com a polícia, os investigados presos ficaram em silêncio por orientação da defesa. Um policial alvo de mandado de busca e apreensão também foi preso após a polícia encontrar uma arma não legalizada, mas pagou fiança e foi solto em seguida.

Serão instaurados vários inquéritos administrativos sobre cada caso onde as irregularidades foram constatadas, e sendo verificado crime será encaminhado inquérito policial. O servidores que não foram presos serão investigados administrativamente.

A operação, batizada de Proditor, foi realizada pela Polícia Civil em conjunto com o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba (MPPB), e conta com a participação de 76 pessoas, entre delegados, agentes, escrivães e integrantes do Gaeco.

Com informações do g1/PB

PUBLICIDADE

Últimas notícias

Parlamentar defende rodízio na liderança da base do governador João Azevêdo na ALPB; deputado Chico Mendes é o atual líder

A deputada estadual Cida Ramos, do Partido dos Trabalhadores (PT) defendeu que haja alternância entre…

24 de novembro de 2024

Semana começa com mais de 800 oportunidades de emprego em municípios paraibanos; confira!

A partir desta segunda-feira (25), o Sistema Nacional de Emprego da Paraíba (Sine-PB) disponibiliza 816…

24 de novembro de 2024

Fique atento! Primeira parcela do seu 13º salário deve ser paga até sexta-feira

Um dos principais benefícios trabalhistas do país, o décimo terceiro salário tem a primeira parcela…

24 de novembro de 2024

Padrasto é suspeito de esfaquear enteada de 18 anos dentro de casa, em João Pessoa

Na madrugada deste domingo (24), uma jovem de apenas 18 anos foi esfaqueada dentro de…

24 de novembro de 2024

Programa ‘Eu Posso’, da PMJP, abre novas inscrições com créditos de até R$ 15 mil; saiba como aderir

Os empreendedores de João Pessoa interessados em conseguir linhas de crédito devem ficar atentos porque…

24 de novembro de 2024

João Pessoa terá programação de Natal pela primeira vez no Parque das Três Ruas

A programação de final de ano da Prefeitura de João Pessoa, através da sua Fundação…

24 de novembro de 2024