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Irmão de miss paraibana detalha últimos momentos vividos ao lado de Mayara: “Lembrei da boate Kiss”

Chega hoje (28), na Paraíba, o corpo da modelo paraibana Mayara Nitão, que morreu em São Paulo após um incêndio no prédio onde morava com o irmão. Ontem (27), quem desembarcou na capital paraibana foi seu irmão César Nitão Filho, que contou a imprensa um pouco dos últimos momentos vivenciados ao lado da irmão durante o incêndio que vitimou a jovem.

“Tudo foi muito rápido, o fogo se espalhou e os vidros da casa começaram a estourar. Fiquei gritando por ela enquanto isso ela gritava para o pessoal do lado de fora da janela, pedindo socorro. Eu gritava, implorava, ‘Mayara, Mayara, Vem, vem’. Foi nesse momento que minha respiração começou a enfraquecer muito. Fiquei com medo do que aconteceu na boate Kiss, lá em 2013, que as pessoas morreram por inalar fumaça e eu não sabia do que era feita a espuma do sofá. Então, a minha primeira reação foi pedir ajuda e tomar ar. Nisso eu corri para escada de incêndio, estava tudo preto, não enxerguei nada, foi tudo no tato. Até eu conseguir achar a maçaneta. Dei uns suspiros, eu estava precisando daquilo, os médicos da UTI falaram que se eu ficasse mais dois, três minutos eu não teria saído. Quando eu desci ela já tinha caído, tentei fazer manobras de reanimação”, disse o irmão de Mayara.

Para o pai de Mayara há fortes indícios de que o fogo tenha começado a partis de um curto circuito na tomada que ficava atrás do sofá e no ar condicionado. “Esse prédio é muito antigo, tem uns 30 a 40 anos e as informações que nós temos é que eles usavam ainda aquele fio rígido. Então foi um fio rígido na tomada atrás do sofá junto com o ar condicionado que ocasionou um incêndio. Espero que as autoridades, tanto aqui quanto em São Paulo, revejam os prédios antigos e forcem os donos a trocarem sua fiação. Eu perdi uma filha por conta de um fio rígido, pagando caro um apartamento em uma área nobre em São Paulo. Perdi minha filha”, disse.

O velório é realizado na central de velórios Morada da Paz, no bairro Jaguaribe, na capital paraibana. A previsão é de que a cerimônia se estenda até às 15h. Após isso, o corpo será cremado.

Da Redação

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