Na tarde de hoje, o Conselho de Sentença do 1º Tribunal do Júri da Comarca da Capital absolveu, por maioria de votos, o comerciante Francisco das Chagas de Vasconcelos Lima da acusação de homicídio triplamente qualificado contra os finlandeses Pasi Kalervo Kaartinen, Rita Marjatta Kaartinen e Sirpa Helena Tihonen. O júri acatou a tese da defesa de negativa de autoria.
Lima também foi absolvido do crime de ocultação de cadáver, conexo aos homicídios. Segundo o juiz Antônio Gonçalves Ribeiro Júnior, presidente do Tribunal do Júri, “não existem provas de que o réu tenha concorrido para a infração penal”.
A decisão do júri se baseou na fragilidade das provas apresentadas contra o réu. O magistrado destacou que o único indício que o ligava aos crimes era o depoimento de uma testemunha que o viu transitando em um veículo perto do local onde os corpos das vítimas foram encontrados. No entanto, a testemunha não conseguiu identificar os ocupantes do veículo, o que fragilizou o depoimento.
Os crimes contra os finlandeses aconteceram na noite do dia 30 de novembro de 2011, na residência das vítimas, localizada no Distrito de Jacumã, no Conde. De acordo com a denúncia, a motivação para os assassinatos teria sido a tentativa de roubar os bens das vítimas, que possuíam um imóvel e diversos terrenos na praia de Jacumã.
As vítimas, Pasi Kalervo Kaartinen (71 anos), Rita Marjatta Kaartinen (68 anos) e Sirpa Helena Tiihonen (60 anos), moravam no Conde há cerca de seis anos. No primeiro semestre de 2011, eles decidiram retornar à Finlândia, o que teria motivado o crime.
A absolvição de Francisco das Chagas de Vasconcelos Lima gerou repercussão na comunidade do Conde. Familiares e amigos das vítimas lamentaram a decisão do júri, enquanto a defesa do réu comemorou a sua absolvição.
Apesar da absolvição de Lima, o caso ainda não está encerrado. O Ministério Público da Paraíba pode recorrer da decisão do júri.
