O Tribunal do Júri de Campina Grande acatou a denúncia feita pelo Ministério Público da Paraíba contra um homem acusado de matar a professora Cristiana Soares de Farias, no dia 1 de fevereiro de 2020. De acordo com a sentença proferida, o réu foi condenado a 18 anos e quatro meses de prisão, após o conselho de sentença ter acatado as qualificadoras imputadas ao acusado nos moldes expostos pela Promotoria de Justiça. O júri popular ocorreu nessa terça-feira (22).
Atuou no caso o 7º promotor de Justiça de Campina Grande, Osvaldo Lopes Barbosa. “Foi um júri de grande repercussão. Depois de mais de 10 horas, o corpo de jurados atendeu a tese do Ministério Público, acolhendo as duas qualificadoras, da torpeza e da impossibilidade de defesa da vítima, condenando o acusado numa reprimenda de 18 anos e 4 meses. Estamos satisfeitos com a aplicação da justiça”, disse.
De acordo com a sentença, o réu Helmute Damião Ferreira de Araújo agiu com intenso dolo, premeditando a ação criminosa, tendo saído com arma de fogo de casa ao encontro da vítima e disparado por repetidas vezes contra a sua cabeça. A juíza Thana Michele Carneiro Rodrigues conclui no documento que o acusado “demonstrou profundo desfavor pela vida humana”.
O caso
No inquérito policial encaminhado ao MPPB, consta que, no dia 1 de fevereiro de 2020, por volta das 17h, o denunciado, por motivo torpe e mediante recurso que tornou difícil a defesa por parte da vítima, matou Cristiana Soares de Farias. O crime aconteceu no interior do Parque da Liberdade, onde a professora estava com quatro alunos, preparando-se para um treino de capoeira. “O acusado se aproximou, a chamou pelo nome e, sem ofertar qualquer possibilidade defesa, efetuou vários disparos de arma de fogo contra ela, levando-a a morte ainda no local”.