A juíza Aylzia Fabiana Carrilho, que atua no 2º Tribunal do Júri da comarca de João Pessoa, após os depoimentos de quatro testemunhas ministeriais e uma arrolada pela defesa, durante audiência de instrução e julgamento, ouviu o réu Alex Barbosa dos Santos sobre a morte de sua esposa Germana Clara Sá Marinho, com quem conviveu por mais de 5 anos, antes de se r assassinada, em abril de 2014. As audiências tiveram início as 09h30, no Fórum Criminal “Ministro Oswaldo Trigueiro de Albuquerque Mello, na Capital.
O servente de pedreiro, Alex Barbosa dos Santos, aose pronunciar durante audiência, não negou a autoria do crime mas esclareceu não ser ele esse ‘monstro’ que todos pensam, e se disse arrependido e ainda pediu perdão aos filhos e a família da vítima , alegando que a matou por ciúmes, provocados após brigas com o fim do relacionamento. “Agi pela força da emoção e por estar em poder do álcool”, afirmou Alex.
Após o crime, que aconteceu enquanto os filhos menores se encontravam no quarto, o réu escondeu a faca, utilizada para desferir os 13 golpes contra a vítima, dentro de seu guarda-roupa, fato que ele nega, mas que as testemunhas arrolados confirmaram; uma dela a mãe de Germana, a senhora Maria de Fátima dos Santos Marinho. Ouvida. Ela declarou ter sido ele que escondeu a faca. “Alex representa um perigo para toda a sociedade, para mim e, também, para toda minha família”, declarou a mãe da vítima.
No depoimento, o réu negou que as crianças tivessem presenciado o crime e que gritavam por socorro, na hora que a mãe estava sendo esfaqueada. Perante o representante do órgão ministerial, ele afirmou não ter fugido para a casa dos pais, na cidade de Conde, litoral Sul do Estado, e que estava escondido em um matagal. Mesmo tendo sido preso em flagrante, negou dizendo que se entregou. Ao ser indagado, disse não lembrar quantos golpes desferiu contra a vítima.
Alex foi preso em flagrante por policiais militares com destacamento na cidade de Conde, quando caminhava por uma estrada de acesso aquele município. De acordo com seus relatos, ele não ofereceu resistência nem, tão pouco, negou a autoria do crime. Os dois policiais que participaram da prisão, ouvidos durante a audiência, disseram que o réu se encontrava próximo à casa de seus pais, onde supostamente estaria escondido. Para os policiais, Alex confessou que o que fez foi um ato impensado e que se encontrava em processo de separação, e vivia em constante conflito.
A representante do MP, a promotora de Justiça Artemise Leal Silva, informou que o órgão ministerial ofereceu denúncia contra Alex, para que ele seja pronunciado já que há fortes indícios de autoria e que a materialidade do crime é induvidosa, já que contra ele existem outros indiciamentos, como agressão a um rapaz, utilizando-se de um copo que o atingiu no rosto e outro na Vara da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.
Como assistente de acusação, atuou o advogado Aécio Farias Filho, que indagou sobre detalhes do dia do crime e sobre os antecedentes criminais do servente de pedreiro Alex Barbosa, indagou sobre os filhos e , também, acerca dos últimos momentos que antecederam ao assassinato de sua esposa.
Redação com TJPB