O mafioso italiano Vincenzo Pasquino, preso em João Pessoa em 2021, fechou um acordo de colaboração com a Justiça italiana e pode revelar detalhes sobre a ligação entre a máfia italiana e as facções criminosas brasileiras PCC e Comando Vermelho. As informações foram confirmadas pelo procurador Giovanni Melillo, chefe da Direção Nacional Antimáfia e Antiterrorismo da Itália.
Pasquino, considerado um dos maiores intermediários do tráfico de cocaína da América do Sul para a Europa, foi preso em um flat no bairro de Tambaú ao lado de Rocco Morabito, à época o segundo homem mais procurado da Itália. Ambos eram membros da ‘Ndrangheta, a mais poderosa máfia italiana.
Extraditado para a Itália em março deste ano, o mafioso agora atua como um “pentito”, fornecendo informações sobre as operações criminosas em troca de benefícios penais. A expectativa é que ele revele detalhes sobre como funciona o tráfico internacional de drogas, os canais de comunicação entre as organizações criminosas e os nomes de outros envolvidos.
As informações prestadas por Pasquino são de grande interesse para as autoridades brasileiras, que investigam a atuação de organizações criminosas estrangeiras no país. A Procuradoria-Geral da República (PGR) brasileira está colaborando com as autoridades italianas para apurar os crimes e identificar os responsáveis.
A delação de Pasquino pode ter um impacto significativo nas atividades do PCC e do Comando Vermelho, além de desmantelar parte da estrutura da ‘Ndrangheta na América do Sul. As informações reveladas pelo mafioso podem levar à prisão de outros membros das organizações criminosas e à apreensão de grandes quantidades de drogas e dinheiro.
