O júri popular de Johannes Dudeck, acusado de estupro e assassinato da estudante Mariana Thomaz, acontecerá amanhã (20). O crime aconteceu no dia 11 de março de 2022, quando Mariana Thomaz foi encontrada morta no apartamento de Johannes, no bairro de Cabo Branco, com sinais de estrangulamento. Ele foi preso e, no final de março, o Ministério Público da Paraíba o denunciou por feminicídio e estupro.
Os advogados de Johannes Dudeck tentaram um habeas corpus para que ele aguardasse o julgamento em liberdade, mas a Justiça negou o pedido, mantendo-o preso desde então. Ele já estava envolvido em pelo menos outros 21 processos, abrangendo acusações que vão desde violência doméstica e lesão corporal até estelionato e enriquecimento ilícito. Esses processos datam desde 2016.
Em um dos casos de violência doméstica, Johannes é acusado de desobediência à decisão judicial, difamação, perturbação, ameaça e violência doméstica. Documentos apontam que as agressões começaram quando a vítima descobriu que ele já tinha um histórico de violência, levando ao término do relacionamento. A vítima registrou um Boletim de Ocorrência por violência doméstica e solicitou uma medida protetiva. Johannes também teria ameaçado o irmão da vítima e colocado um explosivo no carro dele.
O juiz titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de João Pessoa, Antônio Gonçalves Ribeiro Júnior, tomou providências especiais para a realização do julgamento. Entre as medidas, estão a proibição do uso de roupas padronizadas, mesmo em sessões remotas dentro do fórum, e o cadastramento prévio de profissionais de imprensa. A sessão será transmitida em tempo real em um telão, mas apenas para pessoas cadastradas.
O magistrado justificou essas medidas de segurança devido à grande repercussão do crime e para manter a ordem e a tranquilidade durante o julgamento, garantindo que o Conselho de Sentença possa realizar suas atividades de forma adequada. O início das atividades está programado para as 9h.
Redação
