O Ministério Público da Paraíba (MPPB) ofereceu uma denúncia contra o médico paraibano João Paulo Souto Casado, nesta terça-feira (26), pelo crime de violência contra a ex-esposa Rafaella Lima, de 32 anos. A Justiça recebeu o processo e o profissional de saúde agora é considerado réu.
À TV Tambaú, o promotor Rogério Oliveira já havia informado que o médico seria denunciado pelos crimes de agressão física e pela violência psicológica, por conta do dano emocional durante o casamento. Com isso, o MPPB concluiu que: “João Paulo Souto Casado, de forma consciente e agindo com dolo, prevalecendo-se de relação doméstica e familiar, ofendeu, por diversas vezes, a integridade física e psicológica de sua companheira, Rafaella Souza de Lima, seja por lesões corporais consumadas, e por prática de vias de fato.”
“A violência psicológica se dava por meio de termos ofensivos contra a esposa, no firme propósito de subjugá-la, humilhando-a e ridicularizando-a, nas ocasiões em que ele se desentendia com a ofendida, por motivos de ciúmes, em plena configuração de opressão de gênero, como adiante se demonstrará”, concluiu o Ministério Público.”, concluiu o promotor.
Uma vez réu, João Paulo Souto Casado terá um prazo para apresentar a defesa. Os crimes podem ter pena de até três anos de reclusão e multa.
Entenda o caso
Registros feitos por câmeras de segurança mostram o suspeito dando socos na vítima dentro do elevador e também no carro do casal. As imagens são de abril e setembro de 2022 e divulgadas no dia 10 de setembro
João Paulo Casado era diretor-técnico do Hospital Ortotrauma de Mangabeira, servidor do Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa e também do Corpo de Bombeiros da Paraíba. Ao Portal T5, as secretarias de Saúde do estado e do município confirmaram a exoneração do médico e o Corpo de Bombeiros comunicou a abertura de um procedimento para investigar a conduta do bombeiro. Ele foi afastado das funções na corporação.
O que diz a defesa do suspeito?
O advogado do médico João Paulo Casado acusou a vítima de extorsão em uma nota divulgada à imprensa. A nota, assinada pelo advogado Aécio Farias, afirma que o conteúdo foi divulgado pois, “há poucos dias, após não mais ceder às extorsões para a manutenção do pagamento de mensalidade da faculdade de medicina, no valor de R$ 10.670,00, e ajuizar ação de divórcio, são exibidos vídeos cujas origem e autenticidade são contestadas”. As informações são do portal T5