O portal Congresso em Foco, trouxe neste fim de semana um levantamento nacional onde, traz que a campanha eleitoral para prefeitos e vereadores contabilizou, até a última quinta-feira (19), 319 denúncias de assédio eleitoral, um número que ultrapassa em mais de quatro vezes as 68 acusações registradas no primeiro turno de 2022. Os dados são do Ministério Público do Trabalho (MPT). Entre as denúncias, 265 são individuais, sem duplicações. A Bahia, com 45 denúncias, lidera o ranking, seguido por São Paulo e a Paraíba.
Ao comentar o ranking, o procurador-geral do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira, não acredita que as eleições municipais atuais atinjam as 3.606 denúncias das eleições gerais de 2022 após o segundo turno. “O primeiro turno apresenta mais denúncias, mas não creio que o segundo tenha a mesma intensidade. A polarização não será tão forte”, observa.
Ainda segundo ele, nas eleições de 2022, o que mais impressionava era a quantidade e a natureza explícita dos assédios. “Existiam vídeos que eu assistia e pensava: ‘não posso acreditar que alguém fez isso’. É um caso para estudo”, afirma.
O assédio eleitoral envolve práticas de coação, intimidação, ameaças ou constrangimento durante a votação, com o objetivo de influenciar ou manipular o voto e a manifestação política dos trabalhadores.
O MPT registrou diferentes formas de assédio, com ocorrências em todos os estados, exceto Amapá. Bahia, São Paulo, Paraíba, Goiás e Minas Gerais são os estados com mais denúncias, contabilizando 45, 40, 22, 20 e 19 casos, respectivamente.
Veja o ranking:
Redação