O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, ordenou a soltura da extremista Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, detida no Presídio Feminino do Gama, no Distrito Federal. Sara estava presa provisoriamente desde o dia 15 no âmbito das investigações sobre financiamento dos atos antidemocráticos. Ela deverá deixar a cadeia utilizando tornozeleira eletrônica.
De acordo com o ministro, há ‘risco à investigação e a necessidade de restrição à atuação dos integrantes do grupo com relação aos fatos investigados’ no inquérito. No entanto, seria ‘suficiente’ a aplicação de medidas cautelares no lugar da prisão preventiva. Além da tornozeleira, a extremista também está proibida de manter contato com outros investigados, incluindo parlamentares, influenciadores e perfis virtuais que se tornaram alvo do inquérito.
“Todas as medidas deverão ser realizadas imediatamente”, decretou Moraes.
Procurada pela reportagem, a defesa de Sara afirmou que ainda não foi notificada da decisão, mas disse que, por ser uma prisão provisória nas vésperas de acabar, não haveria justificativa para manter a extremista na prisão. “Caso se confirme, tomaremos as medidas cabíveis em mais esse suposto abuso, que não sabemos se procede”.
A ativista bolsonarista Sara Winter.
Mais cedo, os advogados da extremista apresentaram pedido junto ao STF para afastar Moraes do caso. A defesa acusa o ministro de abuso de autoridade e alega que ele está ‘perseguindo’ a extremista. Sara está presa desde o último dia 15 e foi denunciada pelo Ministério Público Federal pelos crimes de injúria e ameaça, ‘praticados de forma continuada’, contra Alexandre de Moraes.
Após ser alvo de buscas no inquérito das fake news, em que também é investigada, Sara xingou e fez uma série de ameaças ao ministro, chamando-o para ‘trocar socos’. Além disso, prometeu perseguir e ‘infernizar’ a vida dele, responsável por determinar a ação da Polícia Federal.
Redação com terra.com