O Ministério Público entregou, nesta segunda-feira (27), à Justiça a denúncia contra sete homens e três adolescentes envolvidos em um estupro coletivo na cidade de Queimadas, no interior da Paraíba. Na ocasião, duas mulheres foram mortas e seis foram estupradas.
O inquérito policial, de 250 páginas, foi entregue ao promotor Márcio Teixeira na sexta-feira (24). A polícia indiciou os envolvidos por estupro seguido de morte, formação de quadrilha e porte ilegal de armas. Teixeira afirmou que um único suspeito deve ir a júri popular por supostamente ter sido o responsável pelos assassinatos. Ele poderá pegar até 133 anos de prisão, caso vá mesmo a júri e seja condenado.
O promotor informou que os suspeitos, caso a Justiça aceite a denúncia, deverão ser julgados separadamente. O caso fica, agora, sob a responsabilidade da juíza Flávia de Souza Baptista Rocha. Entre os indiciados, os menores estão detidos no Lar do Garoto, em Lagoa Seca. Os demais suspeitos estão presos no Presídio de Segurança Máxima PB1, em Jacarapé. O crime ocorreu no dia 11 de fevereiro.
FESTA
Segundo a polícia, a festa que terminou em morte teria sido organizada por dois irmãos. Entre os convidados da dupla, estava um grupo de amigos, que foi chamado com o objetivo de ajudar a abusar das mulheres. O grupo chegou ao local encapuzado e prendeu os homens que estavam na festa em um quarto e as mulheres em outro. Depois de abusar das mulheres, eles fugiram levando duas delas, que foram achadas mortas em ruas próximas ao local da festa.
Uma recepcionista, de 24 anos, foi morta com quatro tiros ao tentar fugir do veículo em que ela havia sido levada da festa pelo grupo. O corpo de uma professora, de 28 anos, foi encontrado amarrado e sem roupa.
Ainda de acordo com a delegada, foi encontrado sêmen nos corpos das vítimas e pele nas unhas delas. Um laudo de DNA realizado pela Polícia Civil deverá comprovar a identidade dos estupradores.
A delegada disse também que os irmãos suspeitos de organizar a noite de terror possuem carros importados e um patrimônio que não são compatíveis com o trabalho que eles realizam.
R7