Uma mulher de 38 anos foi presa no município de Santa Cruz, no Sertão da Paraíba, suspeita de ser a mandante do assassinato do próprio marido, Aureliano Ferreira Lacerda, de 37 anos.
O crime ocorreu em 11 de setembro, quando Aureliano foi baleado após tentar ajudar uma pessoa supostamente sozinha e acabou sofrendo um assalto em um trecho isolado da rodovia PB-359, entre os municípios de São Francisco e Santa Cruz.
De acordo com a Polícia Civil, o assassinato foi premeditado e contou com a participação de um presidiário, que atualmente cumpre pena no PB1, em João Pessoa. A investigação revelou que a mulher teria “encomendado” a morte do marido, organizando uma emboscada simulando um assalto. O delegado responsável pelo caso, Tadeu Maia, informou que, apesar da mulher ter inicialmente apresentado uma versão diferente dos fatos, as autoridades reuniram provas que indicam seu envolvimento direto no crime.
As investigações apontam que a motivação para o homicídio pode estar relacionada ao comportamento de Aureliano, que, segundo a polícia, teria enviado mensagens de conteúdo sexual e pornográfico para a enteada de 19 anos, filha da suspeita, por meio de um perfil falso no Instagram. Esse comportamento teria provocado a reação da mulher, que, com a ajuda de um amigo presidiário, organizou o plano.
O presidiário teria utilizado um celular para coordenar o crime a partir de dentro da prisão. Ele e a suspeita se conheciam desde a infância, sendo oriundos da mesma região do Sertão. O executor do crime, porém, ainda não foi identificado e permanece foragido.
Em depoimento à Polícia Civil, a suspeita alegou que ela e o marido foram vítimas de um assalto quando estavam em uma motocicleta. Eles teriam parado para prestar auxílio a uma pessoa que parecia necessitar de ajuda na rodovia. Segundo seu relato, o suposto assaltante roubou R$ 4 mil em espécie e, em seguida, atirou em Aureliano, fugindo a pé. Curiosamente, a motocicleta não foi roubada.
Após ser presa, a mulher passou por audiência de custódia e foi transferida para o Presídio de Cajazeiras, onde aguarda julgamento. O caso segue sob investigação pela Polícia Civil, que busca identificar e prender o executor do crime.
PB Agora
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