A repercussão das diversas fases da Operação Calvário, no âmbito da delação do ex-auxiliar do Governo, Daniel Gomes, ainda causa desdobramentos, tendo em vista que resultou na prisão ex-subsecretário de saúde do Rio de Janeiro, César Romero, na tarde de ontem (16). César foi delator da Operação Fratura Exposta, um desdobramento da Lava Jato que apurou um esquema de corrupção na Secretaria Estadual de Saúde durante a gestão de Sérgio Côrtes. Ele foi preso em um escritório.
Segundo a PF, ex-subsecretário de saúde do RJ descumpriu o acordo de delação que havia feito durante a Operação Fratura Exposta. Gravações de Daniel Gomes, delator da Operação Calvário, da Paraíba, mostram que ele protegeu um empresário em troca de dinheiro.
A delação de Romero relaciona políticos e empresários a desvios na saúde, em um processo que envolve o ex-governador Sérgio Cabral. A delação foi homologada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal. Realizada em abril de 2017, a Operação Fatura Exposta desvendou um esquema de corrupção na Secretaria Estadual de Saúde. Miguel Iskin e Gustavo Estellita, sócios de uma fornecedora de materiais hospitalares para a Secretaria Estadual de Saúde, foram presos na ocasião, assim como o ex-secretário estadual de Saúde Sérgio Côrtes.
Em 2018, a defesa dos empresários Miguel Iskin e Gustavo Estellita pediu a anulação da delação premiada de Romero. As defesas alegam que uma perícia feita pela Polícia Federal no telefone do delator mostrou que ele teria mentido durante o depoimento e quebrou o acordo com o Ministério Público Federal.
Redação