Em entrevista esta semana a uma emissora de rádio da capital o secretário de Segurança e Defesa Social da Paraíba, Jean Francisco Nunes, admitiu que houve aumento nos crimes de assaltos a pessoas e comércios e arrombamento a estabelecimentos durante a quarentena da pandemia do novo coronavírus. Em entrevista, ele informou que esteve reunido em videoconferência com secretários de Segurança Pública de todo o Brasil e com a equipe do Ministério da Justiça para discutir novas estratégias de enfrentamento ao crime durante o período em que as ruas estão desertas por causa do isolamento social para prevenção à Covid-19.
“Desde que foram decretadas as situações de emergência e de calamidade, a criminalidade busca migrar e procurar alguns pontos em que possam praticar seus crimes. Há uma tendência que, desde que foram decretadas essas situações aqui no país, houve um aumento de alguns tipos de crime, principalmente a violência contra o patrimônio”, explicou Jean Nunes.
O secretário detalhou que as pessoas que circulam por ruas desertas tornaram-se alvos fáceis e falou da importância do policiamento entender e combater essa nova forma de atuação dos criminosos. “Mesmo as ruas estando desertas, aqueles que saem às ruas tornam-se um alvo mais fácil. Alguns estabelecimentos que ficam fechados em determinado período acabam alvos de arrombamento ou de uma violação. É necessário que as polícias todas se adequem, busquem reforçar e mudar as rotinas de policiamento para que a gente possa fazer frente a essa mudança. A gente tem, por rotina, uma série de eventos já programados e, naturalmente, agora a gente precisa readequar o planejamento para dar conta dessa nova dinâmica.”
Em relação à notícia de que houve um ‘arrastão’ na Avenida Epitácio Pessoa, na Capital, ontem (1º), o secretário disse que isso é fake news e que a situação foi de perseguição a bandidos. “Não foi um arrastão. Foi uma ocorrência isolada em que uma dupla estava praticando assaltos. Mas a Polícia Militar deu uma resposta imediata, prendeu os dois em flagrante. No momento da prisão gera aquele tumulto, alguém passando em seu veículo acreditava ser um arrastão ou alguém de forma maldosa espalhou essa (falsa) notícia.”
O secretário orientou que as pessoas fiquem em casa durante a quarentena, saindo apenas para alguma necessidade essencial. “Estamos vivendo um momento de excepcionalidade em todos os setores da sociedade. A população precisa atender ao chamamento, às orientações das autoridades de Saúde pública para que permaneçam nas suas residências.”
Jean Nunes respondeu sobre como tem sido o comportamento da população em relação aos decretos e proibição de aglomerações e destacou que o desobediente pode responder até pelo crime de epidemia. “Desde que iniciamos esse processo de conscientização, a gente não tem tido problemas. A população tem colaborado muito. Aqueles casos em que houver descumprimento à norma, as polícias vão agir, levar esse caso à apuração, e fazer com que essas pessoas respondam principalmente pelo descumprindo das normas de vigilância sanitária ou podem até ser responsabilizadas pelo crime de epidemia.”
Redação
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