A Polícia Militar interceptou um carro com placas de Brasília-DF, no fim da manhã desta quinta-feira (21), e encontrou no veículo dois homens do estado de Goiás, suspeitos de envolvimento em ataques a bancos nas regiões Centro-Oeste e Nordeste do país. A abordagem à dupla aconteceu em uma blitz do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran), embaixo do viaduto do Geisel, em João Pessoa. A suspeita é de que eles estavam planejando ações contra instituições bancárias da capital da Paraíba, para os próximos dias.
“Eles próprios confessaram que teria um terceiro suspeito, que estamos procurando, com todo o aporte financeiro para executar os crimes que eles estariam planejando aqui na Paraíba, onde, de acordo com os acusados, foi um local escolhido por eles ainda serem desconhecidos, diferente de outros estados em que eles já agiram”, detalhou o subcomandante do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran), major Gérson Lima.
Em contato com a polícia de Pernambuco, os policiais paraibanos descobriram que os acusados pertenciam a uma quadrilha especializada em ataques a bancos. “Não sabemos ao certo desde quando eles estavam aqui na Paraíba, mas descobrimos, com apoio da COInt (Coordenadoria de Inteligência) e CEATur (Companhia Especializada em Apoio ao Turista), que eles estavam em um hotel, no bairro de Manaíra, e saíram hoje de lá. Várias informações sobre a dupla estão chegando, mas temos a convicção de que nos antecipamos ao crime e frustramos os planos de atuação deles aqui em nosso estado”, destacou.
A presença dos acusados na Paraíba já vinha sendo denunciada desde a noite dessa quarta-feira (20), quando os próprios policiais do BPTran receberam informações sobre a circulação do carro, que tem placas de Brasília-DF, em João Pessoa.
Os dois suspeitos, de 40 e 30 anos, foram levados para a Central de Polícia, no Geisel, para onde está indo uma equipe da polícia de Pernambuco apresentar um material que mostra os indícios de envolvimentos em ações contra bancos no estado vizinho.
Tutorial do crime – No celular dos presos tinham fotos e vídeos com demonstrações do “passo a passo” de como se faz para violar um caixa eletrônico, auxiliando inclusive com conhecimentos sobre o uso de ferramentas para isso, a exemplo de maçarico. O material mostrava também como era o funcionamento do cofre, os dispositivos de segurança e como fazia para desativá-los.
Secom