Revira volta em morte de delegado de Campina Grande. A Polícia Civil detalhou as investigações em torno da morte do delegado Paulo Bertrand. Segundo a Polícia Civil, a investigação concluiu que delegado encontrado morto em 2021 foi envenenado
A viúva do delegado de Polícia Civil Paulo Bertrand Medeiros de Carvalho foi presa preventivamente, acusada de matá-lo envenenado. A vítima foi encontrada morta na casa em que morava no bairro do Catolé, em março de 2021, e a versão inicial falava em enfarto.
O delegado Ramirez São Pedro, da Polícia Civil da Paraíba explicou os detalhes das as investigações que levaram à prisão de Eva Bertrand, viúva do delegado de polícia aposentado Paulo Bertrand Medeiros de Carvalho.
O delegado morreu em 23 de março de 2021 e a primeira informação era a de que ele tinha sofrido um enfarto, mas as investigações encontraram vestígios de remédio e de veneno no organismo da vítima, o que fez a polícia trabalhar com a hipótese de homicídio.
O Ministério Público da Paraíba, inclusive, indiciou tanto Eva como a filha da viúva, acusada de coparticipação no crime. A justiça de Campina Grande, no entanto, só decretou a prisão de Eva. Já contra a filha dela, foram determinadas “medidas cautelares diversas”.
Paulo Bertrand tinha três filhos de um primeiro casamento e estava no segundo casamento. Eva e sua filha moravam numa casa com a vítima e, de acordo com a Polícia Civil, ambas tramaram a morte do delegado aposentado.
A defesa das acusadas negam essa versão. O advogado Lázaro Costa, que defende as duas, disse discordar da prisão preventiva e defende a tese de que o homem na verdade se suicidou. “Não existe nenhum elemento que possa gerar indícios de crime por parte de minhas clientes”, declarou.
Ramirez São Pedro, no entanto, declara que a versão de suicídio só foi levantada pelas acusadas depois que foram encontradas as substâncias do corpo de Paulo, e que antes ambas garantiam que tudo a morte tinha sido natural.
Redação