A Polícia Civil instaurou inquérito policial para apurar a suposta ação de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) que deixou duas pessoas feridas na cidade de Casserengue, durante a madrugada desta segunda-feira (24). Foram atingidos por disparos de arma de fogo o proprietário da fazenda ‘Serrote da Imbiguda’, Leonardo Jardelino, baleado no pé, e um integrante do MST, conhecido por Ednaldo, de 19 anos, no tórax. Ambos foram encaminhados para o Hospital de Trauma de Campina Grande.
De acordo com o delegado Diógenes Fernandes, titular da delegacia de Solânea, ainda no período da manhã foi realizada perícia pelo Instituto de Polícia Científica (IPC) na residência da fazenda. Um levantamento preliminar verificou que os tiros foram disparados de fora para dentro da propriedade, na qual estava o dono, Leonardo, um casal de trabalhadores e uma criança de seis anos. “Segundo informações colhidas no local, um grupo armado realizou a primeira abordagem para ocupação, com uso de armas de grosso calibre. O proprietário estava dormindo em uma rede na sala e os trabalhadores e a criança se esconderam no banheiro.
Depois da ocupação, na qual também foi colocado fogo em um veículo, outros supostos integrantes do MST chegaram em um ônibus para permanecer no local, enquanto o grupo que estava armado saiu. Agora, cerca de 40 pessoas do MST estão nas terras”, afirmou o delegado.
O delegado também relatou que, na propriedade, foram encontradas munições de espingarda calibre 12 e de revólver calibre 38. Exames também foram realizados no integrante do Movimento para apurar de onde partiu o disparo que o atingiu na região do tórax. Os primeiros a serem ouvidos pela Polícia Civil serão as vítimas.
“A Polícia Militar, assim que acionada, se dirigiu ao local e realizou os procedimentos necessários para garantir a integridade física e patrimonial das pessoas envolvidas, permanecendo na propriedade até a saída dos moradores e a retirada dos objetos”, destacou o capitão Jota Ferreira, comandante da 2ª Companhia de Solânea, afirmando que, agora, a PM aguarda decisão judicial sobre reintegração de posse para agir novamente.
Redação com Secom/PB