Os delegados da Divisão de Roubos e Furtos em Campina Grande concederam entrevista coletiva nesta segunda-feira (09/11) para fornecer detalhes da prisão do estelionatário carioca Bruno Alves da Silva, de 31 anos.
Ele foi preso na tarde da última sexta-feira (06).
Contra Bruno existia um Mandado de Prisão Preventiva espedido pela justiça do Rio de Janeiro.
“Boy play” (escrito desta forma) era um dos homens mais procurados do país por falsificação e adulteração de cartões de crédito.
Ele estava morando em Campina Grande havia quase dois meses. “Boy play” frequentava os restaurantes mais caros da cidade e desfilava numa possante BMW.
Só que a polícia civil estava monitorando os passos dele, o prendeu e interrompeu a farra de rico.O superintendente Luciano Soares informou que os agentes e delegados já tinham identificado o homem aqui em Campina Grande, mas era prudente realizar a prisão na hora certa.
Bruno foi preso num apartamento de um edifício no Bairro Catolé.
Com o acusado, que tem um irmão gêmeo preso no Rio, pelo mesmo crime, a polícia encontrou dezenas de cartões de crédito, um documento de identidade falsificado e celulares.
Quando recebeu “voz de prisão” ele tentou subornar os policiais (no percurso do apartamento até a Central de polícia) e na Delegacia de Roubos e Furtos.
O valor oferecido foi ao delegado Danilo Orengo e demais policiais foi de “200 mil reais”.
Uma agenda com anotações também foi apreendido.
“Esta é outra prova importante das atividades ilícitas de Bruno. No caderno constam valores repassados para outros membros da quadrilha”, disse Orengo.
De acordo com o delegado Cristiano Santana o golpe que Bruno aplicava era sofisticado e durante um ano de atuação no país inteiro pode ter causado um prejuízo de “oito milhões de reais”.
COMO FUNCIONAVA O GOLPE
“O interessante nesta sistemática utilizada pela quadrilha, e por Bruno, principalmente, era a não utilização do equipamento conhecido por ‘chupa cabra’ e sim um sistema via blutuf. Ele convencia um funcionário/garçom de um estabelecimento (tipo restaurante ou um bar) para que substituísse a maquineta de passar os cartões por outro equipamento que Bruno fornecia. Para tanto pagava a quantia entre ‘1.000,00 ou 1.500,00 reais’ ao funcionário. O funcionário, já com o dinheiro em mãos, concordava em retirar a máquina legítima do estabelecimento e fazia a substituição por outra adulterada. Todo cartão introduzido neste ‘novo’ instrumento, tinha seus dados automaticamente copiados, inclusive a senha. Todos estes dados eram transmitidos para o restante da quadrilha e a partir daí o golpe era inevitável".
Redação com blog renatodiniz
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