Como forma de tentar humanizar o cumprimento das penas e propiciar uma maior interação entre os presos e seus familiares, as direções dos três presídios de Campina Grande decidiram promover atividades de confraternização. Com distribuição de cestas básicas, músicas e cultos religiosos aos detentos do Serrotão, penitenciária de Segurança Máxima e da Casa de Detenção do Monte Santo terão um Natal diferente.
As ações, apesar de não serem coordenadas pela Secretaria de Administração Penitenciária do Estado (SECAP), recebem o apoio do órgão. Segundo o secretário executivo do órgão, coronel Maurício de Souza, “essas atividades são feitas de acordo com as direções, individualmente. Mas nossa orientação é que elas devem ser feitas. É uma alternativa com vistas à humanização”, considerou.
Opinião parecida tem o juiz substituto da Vara de Execuções Penais do município, Leonardo Paiva. Para ele, “tudo que venha socializar, trazer um ambiente diferente àqueles que estão submetidos a uma situação de privação serve para apaziguar os ânimos”, opinou. Ele acrescentou também que está aguardando o decreto presidencial para poder dar início à apreciação dos pedidos de concessão dos indultos de Natal. “Há uma série de condições e critérios que variam a cada ano. O preso tem que ter um histórico de bom comportamento e não pode ter se envolvido com faltas nem fugas. É um trabalho custoso que geralmente leva até quatro meses para a apreciação”, adiantou o magistrado.
No presídio do Serrotão, onde estão presos atualmente mais de 500 detentos no regime fechado, a direção está programando para a véspera de Natal a distribuição de dezenas de cestas básicas com os familiares dos apenados. “Iremos tentar fazer uma espécie de recreação, com lanche para os presos, cestas básicas e um culto religioso para que eles possam também relembrar a importância da data”, enfatizou o capitão Abenício, diretor da unidade.
Na penitenciária de Segurança Máxima serão realizados sorteios de brindes; enquanto na Casa de Detenção do Monte Santo os presos festejam a data com a realização de um culto religioso. Segundo a direção, em algumas celas os presos aproveitaram para fazer suas próprias ornamentações.
Jornal da Paraíba
