Passado metade do ano, foi divulgado um balanço sobre as denúncias anônimas no primeiro semestre deste ano, feitas ao Disque Denúncia 197, da Polícia Civil da Paraíba. Segundo o levantamento foram quase três mil registros. Para comentar esse balanço, foi escutado Cassandra Duarte, delegada-geral adjunta da Polícia Civil da Paraíba.
De acordo com ela, são inúmeros os crimes desvendados com o auxílio da população. Ela explica que, mesmo quando a denúncia não traz uma informação completa, acaba adicionando algum elemento importante para as investigações, seja na reconstrução do que, de fato, aconteceu, da materialidade do crime ou de sua autoria.
“As denúncias são de suma importância porque, em grande maioria, lidam com crimes contra a infância, mulheres, idosos e animais. É a participação da sociedade, de ajudar a Polícia Civil com relação à segurança pública, por meio de informações que, de outra maneira, demorariam muito mais para chegar. Às vezes, a investigação já foi concluída, já tem um mandado de prisão, mas o autor está foragido e surge uma denúncia anônima. As equipes fazem aquele levantamento inicial para saber se há veracidade, e, a partir daí, consegue prender uma pessoa que cometeu um crime muito grave”, esclarece. “É muito importante o que a população paraibana faz, e ajuda a segurança pública com o 197, que tem que ser sempre publicizado, porque a população tem mais conhecimento, utiliza mais a ferramenta e a gente consegue dar resolução a muitos crimes que, de outra maneira, demorariam um pouco mais [para serem solucionados]”, comentou.
O número exato é 2.993, o que equivale a 144 denúncias anônimas realizadas a cada dia. Atualmente, além do contato direto com o serviço, via telefone fixo ou celular, há a opção de denunciar por meio do site www.197.pc.pb.gov.br, que permite a anexação de imagens e mensagens de texto, assim como a possibilidade de se acompanhar o protocolo da denúncia, preservando-se a identidade do denunciante. O canal 197 é, afinal, voltado para relatos sobre crimes de pessoas que não podem ou não desejam se identificar ou se envolver nesses casos, mas têm informações importantes para as autoridades.
Redação
