Os golpes contra clientes de bancos cresceram 165% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2020, segundo levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Os golpes que mais aumentaram foram aqueles chamados de “engenharia social”, em que a vítima é manipulada e levada a fazer ações em benefício dos criminosos. Para falar sobre esse tema o especialista em segurança na internet Eli Morais, expõem dicas de como proteger sua conta digital.
O crescimento ocorre, entretanto, em um contexto em que o celular já responde por mais da metade das transações bancárias. Segundo a Febraban, os aplicativos para telefone móvel foram usados em 51% das transações em 2020. Em 2016, o percentual era de 28%. De acordo com a federação, a pandemia aumentou a importância desses aparelhos, que passaram a ser usados por pessoas que antes sequer tinham conta em banco. Esse público, com pouca intimidade com o funcionamento do sistema bancário e com a segurança digital, é o alvo preferencial dos grupos de criminosos, diz a entidade.
Os golpistas tendem a se aproveitar da falta das informação das vítimas para induzi-las a fazer depósitos e transferências, o que é mais fácil do que burlar os sistemas de segurança dos aplicativos e sistemas dos bancos. O chamado golpe do falso funcionário cresceu 62% no primeiro semestre deste ano. Nessa modalidade, o criminoso liga para a vítima e se faz passar por funcionário de uma instituição com a qual a pessoa tem relação. O golpista informa a vítima sobre supostos problemas de segurança, como a conta invadida ou clonada, para conseguir dados pessoais e financeiros.
Eli Morais preparou algumas dicas de prevenção contra golpes e fraudes bancárias pela internet:
Um dos truques mais usados por criminosos para ter acesso a contas bancárias pela internet é a criação de sites falsos de bancos, mas que se assemelham bastante às páginas verdadeiras. Se o usuário não perceber que está entrando em um endereço não original, fornecerá informações sigilosas, como número de conta corrente e senha de acesso. Por causa disso, segundo Eli, é muito importante verificar o endereço do site (URL) antes de inserir as informações da sua conta. Essa checagem deve ser feita em todo e qualquer acesso, pois os criminosos podem utilizar desde truques simples até os mais complexos para fazer o usuário cair no site falso. Pode existir, por exemplo, um malware instalado de maneira discreta no computador que altera as configurações de DNS da máquina e redireciona o navegador para um site falso quando o usuário digita o endereço verdadeiro de um banco. Como a página fraudulenta imita o site verdadeiro, muitas vezes a pessoa não percebe a diferença.
De acordo com o especialista, outro artifício bastante usado pelos golpistas é o envio de e-mails falsos (pishing scam) em nome do banco. A mensagem tenta induzir o usuário a clicar em um link ou arquivo anexado que possui propriedades maliciosas. Para isso, o texto pode afirmar, por exemplo, que o usuário tem uma dívida pendente ou teve determinada quantia sacada da sua conta recentemente. No susto, a pessoa clica no suposto link ou arquivo que fornece mais detalhes sobre o problema, mas este, na verdade, direciona para um site falso ou instala uma malware que captura dados digitados, por exemplo.
Muitas vezes, a pessoa não percebe que aquele e-mail é fraudulento porque entende que um criminoso não sabe da existência de uma conta sua em determinado banco. Mas o truque aqui é bastante simples: o fraudador pode obter uma lista com, por exemplo, 100 mil endereços de e-mail e enviar uma mensagem falsa a esta; é bastante provável que pelo menos uma pequena parcela desses endereços seja de pessoas que têm conta no banco mencionado na mensagem; o objetivo é fazer o e-mail falso chegar até elas, não importando os demais indivíduos. Assim, fique bastante atento a e-mails em nome de bancos. Lembre-se que, normalmente, as instituições bancárias não fazem cobranças por e-mail. Além disso, essas mensagens costumam ter características que facilitam a sua identificação, como erros de ortografia, formatação irregular ou conteúdo apelativo (que usa argumentos fortes para te convencer de algo).
Quando você entra em contato com o banco, normalmente a instituição pergunta alguns dados pessoais para ter certeza de que você é, de fato, dono da conta. No entanto, o contrário não acontece: bancos não costumam te contatar por mensagem ou telefone inadvertidamente para pedir confirmação de dados pessoais, especialmente senhas. Por isso, ao receber solicitações do tipo, ignore e, se for o caso, fale com o gerente ou o serviço de atendimento ao cliente da instituição para se certificar da legitimidade do contato.
Eli aconselha que devemos evitar ao máximo utilizar computadores públicos (que são disponibilizados em escolas, faculdades, bibliotecas ou lan houses, por exemplo) para acessar a sua conta bancária. A máquina pode conter malwares ou softwares que capturam informações digitadas sem que você perceba. Prefira fazer o acesso apenas em computadores, celulares ou tablets próprios.
Sempre que possível, acesse a sua conta apenas a partir da rede Wi-Fi da sua casa ou do seu plano 3G / 4G. Redes públicas, especialmente abertas (que não exigem senhas), podem ter mecanismos que capturam dados dos dispositivos que as acessam.
Da Redação
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