Saiba como será o júri do caso Eloá
Lindemberg Alves Fernandes, de 25 anos, vai a júri nesta segunda (13). Pena pode ir de 50 a 100 anos de prisão, segundo o Ministério Público.
O julgamento de Lindemberg Alves Fernandes, de 25 anos, começa nesta segunda-feira (13), às 9h, no Fórum de Santo André, na região do ABC Paulista. A previsão é que o júri dure até três dias, segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Sete jurados vão ser sorteados entre 25 que deverão comparecer ao tribunal, e eles vão decidir se o réu é culpado ou inocente.
Lindemberg vai ser julgado por 12 crimes, incluindo homicídio duplamente qualificado contra Eloá Pimentel (sem possibilidade de defesa e com crueldade), duas tentativas de homicídio (contra Nayara Rodrigues da Silva e um policial militar, que escapou de um tiro), cárcere privado (devido ao sequestro de quatro pessoas) e disparo de arma de fogo. Os crimes foram cometidos no dia 13 de outubro de 2008.
Ao todo, serão convocadas 19 testemunhas – cinco são exclusivas da acusação e vão ser ouvidas primeiro. O julgamento pode ir até as 21h no primeiro dia, segundo o advogado assistente de acusação, José Beraldo.
As testemunhas exclusivas da defesa também são cinco, e são ouvidas na sequência. Há, ainda, nove testemunhas entre as chamadas de juízo: contam tanto para acusação quanto defesa e são ouvidas por último.
Após todas as testemunhas se pronunciarem, os jurados tiram as suas dúvidas. Por fim, ocorre o interrogatório do réu e debates sobre o andamento do processo. São 16 horas com entrevistas, discussões e notícias, de acordo com a promotora Daniela Hashimoto.
Depois de todos terem se pronunciado e os debates terminarem, os jurados se reúnem para decidir pela absolvição ou condenação. Passado esse ponto, a juíza Milena Dias vai ler a sentença e definir a pena dada ao réu.
A pena pode ir de 50 a mais de cem anos de prisão, segundo a promotora. Pela legislação do país, no entanto, nenhuma sentença pode ser superior a 30 anos.
O auditório tem 182 lugares no total, divididos entre parentes, integrantes do Ministério Público, juízes do TJ-SP, a imprensa e o público interessado. O julgamento é aberto, de acordo com Beraldo.
G1