Fronteiras fechadas para impedir a entrada do crime organizado. A segurança nas divisas da Paraíba continua intensificada desde o início de janeiro, após detentos de três penitenciárias nos estados vizinhos de Pernambuco e Rio Grande do Norte promoverem fugas em massa das unidades prisionais. As três fugas aconteceram em menos de 15 dias e estão mobilizando os órgãos de segurança do estado da Paraíba. Nas duas fugas realizadas em Pernambuco, os detentos utilizaram explosivos para abrir buracos nos muros dos presídios.
A assessoria de comunicação da Polícia Militar da Paraíba (PMPB) informou neste sábado (23) que o trabalho dos policiais foi intensificado em mais de 30 cidades paraibanas desde a primeira fuga no início do mês, e que após a terceira fuga, ocorrida nesta tarde em Pernambuco, uma análise está sendo realizada para identificar novos pontos que receberão reforço na segurança.
No início da tarde deste sábado, parte de um dos muros do Presídio Frei Damião de Bozanno, no Complexo Prisional do Curado, no Grande Recife, foi destruído com explosivos. Alguns presos conseguiram escapar pela cratera formada. Durante a fuga, houve troca de tiros com a polícia e um detento acabou morrendo. Até o momento não informações oficiais da Secretaria de Ressocialização do Estado de Pernambuco (Seres) sobre o número de detentos foragidos e recapturados.
A fuga deste sábado (23) aconteceu três dias após 53 presos escaparem da Penitenciária Professor Barreto Campelo, em Itamaracá, no Grande Recife. Os detentos conseguiram fugir por um buraco após o muro localizado próximo a uma das guaritas ser explodido.
No dia 12 deste mês, outros 46 detentos usaram um túnel para escapar do Presídio Provisório Raimundo Nonato Fernandes, em Natal, no Rio Grande do Norte. Os presos escavaram um túnel que se estendeu até o Complexo Penal João Chaves, que fica ao lado da cadeia e escaparam por lá.
No dia 21 o comandante geral da Polícia Militar da Paraíba, coronel Euller Chaves, afirmou que havia se reunido com os gestores do Comando Regional Metropolitano, na área da 1ª Companhia Independente, sediada em Alhandra, a fim de intensificar as estratégias de trabalho.
“Inicialmente nós reforçamos o policiamento com uso dos efetivos das Forças Táticas dessa unidade, com suporte do Batalhão de Operações Especiais (Bope), para estabelecer respostas imediatas, e também Batalhão de Trânsito, por meio da Companhia de Polícia Rodoviária. As agências de Inteligência das Forças de Segurança também estão interligadas para buscar informações que nos conduzam a prisões”, frisou Euller Chaves.
Redação com G1
Foto: João Carvalo/Sindicato dos Agentes Penitenciários/Divulgação)