Com a cobrança de justiça por parta da família que teve três dos seus entes feridos num acidente há uma semana no bairro de Gramame, na Perimetral Sul, em João Pessoa, quando um motorista atropelou as três pessoas da mesma família, incluindo uma criança de sete anos, chegou a ser preso e teria feito o teste do bafômetro, que constatou a embriaguez, mas ele já está solto e a criança ferida no acidente permanece internada no hospital de trauma.
Segundo a avó e a tia da menina, que também ficaram feridas no acidente, a cena ainda choca toda vez que se assiste. O acidente foi registrado por uma câmera de monitoramento. Era 21h36 da última quarta-feira, 8 de Julho, quando duas mulheres e uma criança de 7 anos estão na calçada, em seguida, um carro passa em velocidade e atropela as três. Elas estavam todas de costas e nem percebem a aproximação do veículo. Um outro carro que vem atrás para imediatamente para alertar outros motoristas. Uma mulher desce de uma moto e é a primeira a dar assistência às vítimas.
As duas mulheres e a criança foram levadas para o hospital de trauma da capital. No outro dia, Sara, uma jovem de 20 anos recebeu alta. Ela teve ferimentos na perna e na orelha e arranhões em várias partes do corpo.
A tia dela e a avó da menina, Marta, de 51 anos, sofreu um corte na cabeça e uma pancada forte no tórax. Ela demorou mais alguns dias internada até receber alta, mas a criança de sete anos teve traumatismo craniano. Ela passou por cirurgia e segue internada na UTI pediátrica do hospital de trauma.
O caso ocorreu na Rua Cícera Batista de Luna, em Gramame, na via Perimetral Sul. No local, a movimentação é intensa e há poucos redutores de velocidade. O motorista, Alexsandro Pereira de Souza, de 34 anos, tentou fugir depois de bater nas vítimas, mas foi trancado por outro veículo e impedido de seguir. Alexandro foi contido por populares e, segundo a família das vítimas, passou pelo teste do bafômetro que constatou a embriaguez. Ele foi preso e levado para a central de polícia de João Pessoa, no bairro do Geisel, onde permaneceu por dois dias.
Na sexta-feira (10), Alexandro foi liberado e deve responder ao processo em liberdade. A avó da criança alega que não lembra de nada do que aconteceu e, apesar da alta hospitalar, continua sentindo muitas dores.
“Essa noite eu pensei que eu ia morrer de tanta dor, eu preferia ter morrido mas que não tivesse acontecido nada com ela. Me sinto culpada porque eu que tava levando ela para minha casa”, disse a avó.
Os pais da menina de sete anos estão muito abalados, principalmente a mãe que teve bebê uma semana antes do atropelamento da filha e sequer pode sair de casa para ver a menina. Uma semana após o atropelamento o principal sentimento de todos é o desejo de que a criança se recupere, mas não há como esconder também a revolta e o pedido de justiça.
Redação
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