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Suspeito de matar ex-companheira em Pedra Lavrada é denunciado pelo MP por crime de feminicídio

O Ministério Público da Paraíba ofereceu denúncia contra Cleiton Salustio de Sousa pelo crime tipificado no artigo 121, §2°, I, IV e VI, c/c § 7º, III, do Código Penal, em razão de ter matado a ex-companheira, Grazielle Maria Dantas Nunes, por motivo torpe, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, bem como contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, praticado na presença física de parentes dela. O crime ocorreu no último dia 28 de janeiro, no município de Pedra Lavrada, e gerou muita repercussão no local.

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A denúncia foi oferecida pelo promotor de Justiça de Picuí, Daniel Dal Pont, e tramita na Vara Única de Picuí com o número 0800160-58.2023.8.15.0271. Conforme a denúncia, a vítima estava na casa da sua mãe, ocasião em que se retirou do local para se deslocar até um bar, a pedido de uma vizinha. No caminho até o bar, Grazielle Nunes foi surpreendida pelo denunciado, que iniciou uma discussão e, puxando-a por uma das mãos, começou a levá-la de volta para a casa contra a sua vontade, razão pela qual começou a gritar por socorro.

Ao chegar à residência, Cleiton Sousa sacou um revólver e mandou que todos entrassem para o interior do imóvel, haja vista que estavam o irmão, a mãe e o filho da vítima – de apenas 2 anos de idade, oriundo da união com o denunciado – presenciando a discussão do ex-casal. Assustada, a vítima se encostou na porta de entrada, momento em que o denunciado colocou a arma de fogo na sua testa e efetuou disparo à queima-roupa, sem dar chances de defesa para Graziella, além de ter cometido o crime na presença do filho e da mãe da vítima.

Ainda segundo a denúncia do MPPB, o relacionamento do denunciado com a vítima era bastante conturbado, passando por vários términos e retornos. Além disso, Cleiton Sousa nunca aceitou o fim definitivo da união, havendo diversos episódios de ameaças contra Grazielle Nunes.

Cleiton Sousa já havia sido condenado pela prática de feminicídio contra outra ex-companheira, estando atualmente na fase de execução da pena, o que demonstra a sua contumácia nos delitos de violência contra a mulher. Conforme o promotor, o denunciado ficou foragido por um tempo mas, graças ao trabalho da polícia, foi preso e encontra-se, atualmente, na cadeia pública de Cubati.

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