Três advogados foram presos pela Polícia Federal (PF), acusados de envolvimento em um esquema de apropriação indevida de indenizações cobertas pelo seguro Dpvat, na Paraíba. A Superintendência da PF no Estado afirma que o prejuízo aos beneficiários é de R$ 30 milhões. As prisões fazem parte da Operação Sinistro, deflagrada nesta quinta-feira.
Além das detenções, realizadas na Paraíba, a PF cumpriu 13 mandados de busca apreensão no Estado e em Rio Grande do Norte e Pernambuco. Foram realizadas, também, buscas em escritórios de advocacia, apreensão de veículos e bloqueio de conta bancária. Outros advogados ainda foram intimados a depor.
A fraude se iniciou quando um oficial de justiça do Tribunal de Justiça da Paraíba obteve inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), mediante a apresentação de documentos falsos. Ele, então, se associou a advogados em escritórios nos Estados de Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco, entre outros.
O grupo de advogados agia recebendo o dinheiro que deveria ser repassado a beneficiários do seguro, a quem eles supostamente representavam. Após o primeiro contato com esses beneficiários, os advogados conduziam todo o processo, mantendo o suposto cliente alheio ao andamento. Em alguns casos, ações judiciais foram ingressadas mediante pagamento de propina a servidores, para agilizar o trâmite dos processos. Após a decisão favorável da justiça, os advogados recebiam os alvarás de pagamento de indenização, apropriando-se dos valores.
Os acusados serão indiciados pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, apropriação indébita, uso de documentos falsos, falsa identidade e lavagem de dinheiro.
Redação
