Integrantes da Câmara Municipal de Piancó, no Sertão paraibano, os vereadores Pedro de Zé Luzia (Cidadania) e Edgar Valdevino (PP) protagonizaram cenas lamentáveis na sessão de ontem, onde quase foram às vias de fato.
A discussão áspera começou após Pedro de Zé Luzia fazer duras críticas ao SAMU de Piancó por ter, segundo ele, negado a liberação de uma ambulância para que o filho do vereador (um bebê recém-nascido que estava doente) fosse transferido para a maternidade da cidade de Patos.
Na tribuna da Câmara, Pedro de Zé Luzia relata que não havia ambulância disponível no hospital de Piancó, por isso ele recorreu ao SAMU, mas o serviço teria sido negado por motivo de ‘politicagem’.
“A gente se revolta com essa politicagem safada, mesquinha, que acontece no nosso Piancó, ainda mais você vendo seu filho na situação que eu presenciei. Além de falta de médicos na UPA, nos PSF’s, tem essa situação no SAMU negando socorro a um cidadão, a uma criança de três dias de nascida. Isso é humilhante”, desabafou o vereador de oposição.
Após o discurso de Pedro de Zé Luzia, o vereador Edgar Valdevino pediu a palavra e questionou por que as ambulâncias do hospital não ajudaram. Foi nesse momento que a discussão começou: “Eu acho que vossa excelênca quer dizer que é mentira minha”, revidou Pedro de Zé Luzia.
Os vereadores Pedro de Zé Luzia e Edgar Valdevino
Os dois parlamentares começaram a gritar ao ponto de praticamente se desafiarem para as vias de fato: “Venha pra cima de mim”, bradou Pedro de Zé Luzia. “Comigo é do jeito que você quiser”, respondeu Edgar Valdevino. Enquanto isso, o presidente da Câmara pedia calma.
Versão do secretário
O secretário de Saúde de Piancó, Ruclenato Gomes, negou que tenha havido perseguição política no caso e explicou que a ambulância do SAMU demorou a ser liberada por que houve demora na regulação de uma vaga na maternidade de Patos, pois ambulâncias do SAMU só realizam transferência quando há confirmação de vaga.
“Eu entendo perfeitamente a aflição do pai em querer transferir a criança o mais rápido possível, mas a gente não pode trabalhar irresponsável. Não podia colocar uma criança dentro da ambulância e transferir sem que houvesse a confirmação dessa vaga”.
Redação com Diário do Sertão
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