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VÍDEO: agente da PF que fez segurança de Bolsonaro protesta contra a reforma

A agente da Polícia Federal Janaína Magalhães, de 45 anos, tem uma lista extensa de serviços prestados à instituição. Mas notoriedade mesmo conquistou ano passado, quando foi uma das coordenadoras da segurança da campanha do então candidato Jair Bolsonaro e o acompanhou até a sua posse. Lotada no Rio, ela atua no Núcleo de Seguranças de Dignatários.

Mas na tarde desta quinta-feira, Janaína estava do “outro lado” do balcão, no protesto contra a reforma da Previdência do presidente que ajudou a proteger. Ela permaneceu em pé o tempo inteiro ao lado de outros policiais manifestantes dentro da comissão especial da Câmara. No final, quando a categoria saiu derrotada na votação, entoou com os colegas o coro que atinge o partido do presidente: “PSL traiu a polícia do Brasil”, como mostra vídeo feito pelo Radar. Na palma da mão e na voz bradava as palavras de ordem.

Janaína tem 24 anos de PF e conta que falta um ano para se aposentar. Pelas regras do texto da reforma, ela precisará de mais dez anos de serviço para conquistar esse direito. “Se fossem mais dois ou três anos, tudo bem. Mas, dez anos!. É injusto! Que seja uma transição mais justa” – contou ao Radar.

A policial contou também que trabalha desde os 14 anos, quando era atendente em lojas no Madureira Shopping, bairro da Zona Norte do Rio. “Comecei aos 14 anos, só que naquela época não se assinava carteira”.

Reconhecida na Câmara, a agente que atuou na segurança de Bolsonaro, a princípio, ficou preocupada. Ela contou que, dada a proximidade conquistada na campanha, procurou algumas pessoas do entorno do presidente para falar das reivindicações da categoria. Ela integra a diretoria do sindicato dos policiais federais do Rio. Mas evitou contato com o presidente, que a conhece bem do trabalho que realizou na campanha.

Janaína não estava ao lado de Bolsonaro durante o atentado em Juiz de Fora, mas foi ela quem montou toda a escala, inclusive a precursora, equipe que viaja dias antes para cuidar de detalhes, entre os quais de identificar hospitais caso necessário. “Pois é, não estava. Estive com ele aqui em Brasília, na véspera do atentado, e o despachei para o Rio”. Veja o vídeo.

Redação com Veja

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